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Relatos evidenciam desespero dentro dos bancos

Linha fina
Primeira rodada de negociação da Campanha Nacional 2014 vai cobrar mudanças no modo de gestão que oprime e adoece os trabalhadores
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São Paulo - "Fiquei na mesa de reunião no canto retirando clipes de papéis e separando-os para trituração. Me senti um lixo!” A história relatada por um bancário é emblemática da situação vivida por trabalhadores quando retornam da licença saúde.

O isolamento em que o banco os coloca geralmente agrava o quadro. “Alguns dias depois não conseguia controlar mais meu corpo, sensações que não desejo a ninguém. Em uma dessas fiquei tão deprimido que cortei os dois pulsos.” O bancário, em seu desespero, ligou para a agência relatando o que tinha feito e foi socorrido. “Quero conseguir trabalhar com respeito e dignidade".

Em 2013 foram licenciados 18.671 bancários em todo o país. A maior parte (27%) com doenças psíquicas causadas pela pressão. Outros (24,6%) com LER/Dort devido ao ritmo alucinante.

“Os bancos tratam os funcionários como máquinas que, “quebradas”, são desprezadas. O prejuízo pessoal e psicológico é enorme”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, uma das coordenadoras do Comando Nacional que negocia com a federação dos bancos nesta terça 19 e quarta-feira 20. “E ainda tem o prejuízo que essas empresas, as que mais lucram no país, causam a toda a sociedade com os afastamentos. Juntos, bancários e Sindicato, vamos mudar essa história."

> Veja as reivindicações dos bancários

Seu filme – Que filme daria a história da sua vida no banco? Relate para o Sindicato clicando aqui (escolha o setor "site") ou mandando e-mail direto para [email protected]. Vamos contar para a sociedade como é a rotina nas agências e departamentos do setor mais rentável do Brasil. O sigilo é garantido.


Redação - 18/8/2014

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