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"'Vivendo no limite', este é meu filme"

Linha fina
Bancários relatam cotidiano de trabalho com muita pressão, sobrecarga, desrespeito e sofrimento psicológico. Compartilhe também sua história!
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São Paulo – “Acredito não ser um caso isolado. Creio que muitos colegas enfrentam situação parecida”, diz um bancário que adquiriu dores no ombro e braço em função das tarefas exercidas como caixa da agência em que trabalha. “A sobrecarga de serviços vem piorando cada vez mais meu problema, e o pior é que se preciso faltar por causa das dores, me olham torto. Já está difícil com a quantidade de funcionários que temos, quando tem um de férias fica impossível se ausentar”, conta o trabalhador, hoje com “bursite e tendinite no ombro, tendinite em todo o braço direito, problema no cotovelo e síndrome do túnel do carpo na mão.”

Assim como ele, outros vários bancários contaram seus problemas ao Sindicato, mandando seus relatos. Foi o caso de uma funcionária de teleatendimento: “Devido à sobrecarga de funções, metas abusivas, controle de idas ao banheiro, estou sob tratamento psicológico. Não tenho mais condição emocional de realizar tarefas que antes tinha satisfação em fazer. Hoje estou afastada por depressão e o meu filme tema é ‘Vivendo no Limite’, baseado em fatos reais”, diz ela, referindo-se ao tema da Campanha 2014: Bancos em 3D – demitem, desrespeitam, deprimem. Vamos Mudar Essa História!, uma alusão ao universo do cinema.

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“Tenho 22 anos de banco e nunca vi tanta pressão por metas. Estou em tratamento com psicólogo e psiquiatra e outros especialistas. Estou tomando cinco medicamentos controlados e não consigo melhorar. Tenho a impressão que a tendência é só piorar. As metas agora são enviadas por e-mail todos os dias, não se tem mais um cronograma do mês para que possamos nos organizar, é um departamento brigando com outro para mostrar serviço a custo da saúde dos funcionários”, desabafa outro trabalhador.

“A rotina em minha agência é diariamente e a todo momento recebendo e-mail do gerente-geral, perguntando, xereteando, vasculhando minhas atividades”, denuncia um quarto bancário.

Os depoimentos enviados pelo site mostram que, de fato, as condições de trabalho nas instituições financeiras estão adoecendo os bancários, apesar de a federação dos bancos (Fenaban) negar isso.

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Seu filme – Que filme daria a história da sua vida no banco? Relate para o Sindicato clicando aqui (escolha o setor "site") ou mandando e-mail direto para [email protected]. Vamos contar para a sociedade como é a rotina nas agências e departamentos do setor mais rentável do Brasil. O sigilo é garantido.


Redação - 28/8/2014

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