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São Paulo – A crise econômica começou a ser fabricada em 2013 pelos liberais, afirmou na terça 18 o economista Eduardo Fagnani, em entrevista para a Rádio Brasil Atual. “Isso gerou uma sanha que foi amplificada pela mídia em um terrorismo econômico fantástico.”
> Áudio: ouça a íntegra da entrevista
“Como eu posso falar em crise em 2014 se o Brasil tinha taxa de desemprego de 5,5% enquanto a média da Europa era de 15%? Mesmo a dívida pública bruta estava em 55% do PIB, enquanto no Estados Unidos comprometia 100%. O Japão, por exemplo, deve dois PIBs e meio”, argumenta.
No período de 2002 até 2013, a relação entre dívida e PIB caiu vertiginosamente. Diante desse cenário, o economista questiona a necessidade dos ajustes de austeridade praticados pela atual equipe econômica do governo liderada por Joaquim Levy. “Não existia espaço para um ajuste mais suave, que não comprometesse tanto a situação social?”
Na análise de Fagnani, há um esforço ideológico para desconstruir o governo. "O mais triste é que ele assumiu o diagnóstico dos liberais, o que não corresponde à verdade”, diz, destacando o fato de que a austeridade provoca mais recessão. “As receitas caem mais do que os cortes de despesas. Qual o impacto da elevada taxa de juros? Ela endivida o próprio estado. É um contrassenso enorme.”
A saída, segundo o economista, é sair do roteiro traçado pelas forças conservadoras liberais. “É preciso rever o modelo que pode aprofundar a recessão, aumentar os investimentos e o papel dos bancos públicos na economia.” Para ele, agora é a hora de mudar. "Quanto mais tarde, pior."
Rede Brasil Atual - 19/8/2015
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“Como eu posso falar em crise em 2014 se o Brasil tinha taxa de desemprego de 5,5% enquanto a média da Europa era de 15%? Mesmo a dívida pública bruta estava em 55% do PIB, enquanto no Estados Unidos comprometia 100%. O Japão, por exemplo, deve dois PIBs e meio”, argumenta.
No período de 2002 até 2013, a relação entre dívida e PIB caiu vertiginosamente. Diante desse cenário, o economista questiona a necessidade dos ajustes de austeridade praticados pela atual equipe econômica do governo liderada por Joaquim Levy. “Não existia espaço para um ajuste mais suave, que não comprometesse tanto a situação social?”
Na análise de Fagnani, há um esforço ideológico para desconstruir o governo. "O mais triste é que ele assumiu o diagnóstico dos liberais, o que não corresponde à verdade”, diz, destacando o fato de que a austeridade provoca mais recessão. “As receitas caem mais do que os cortes de despesas. Qual o impacto da elevada taxa de juros? Ela endivida o próprio estado. É um contrassenso enorme.”
A saída, segundo o economista, é sair do roteiro traçado pelas forças conservadoras liberais. “É preciso rever o modelo que pode aprofundar a recessão, aumentar os investimentos e o papel dos bancos públicos na economia.” Para ele, agora é a hora de mudar. "Quanto mais tarde, pior."
Rede Brasil Atual - 19/8/2015