Imagem Destaque
![](/sites/default/files/styles/max_1300x1300/public/default_images/padrao.jpg?itok=zf8iDuMX)
São Paulo – “Nem eu sei o motivo real do meu desligamento. Fui acionada pela inspetora e coagida a assinar uma carta e a assumir uma culpa que não era minha. Alegaram erro de conduta, mas não explicaram qual erro, e do jeito como tudo foi feito parecia que eu tinha roubado alguma coisa. Fiquei bastante aterrorizada, porque não estava entendendo absolutamente nada.”
A denúncia é de uma ex-bancária do Itaú que passou pela temida Inspetoria do banco antes de ser demitida por justa causa. O Sindicato vem recebendo uma série de denúncias de trabalhadores que vivenciaram o mesmo processo.
Ela conta que foi afastada para averiguação depois do episódio descrito acima. “Mas não teve averiguação nenhuma. A carta já estava pronta. Na realidade a inspetora falou: ‘transcreve isso que eu vou te ditar’. Eu escrevi e assinei, porque imaginei que fosse o procedimento normal. Nunca tinha recebido nem uma advertência sequer. Nunca imaginei que pudesse ser demitida, ainda mais por justa causa, mas foi o que aconteceu. Fui humilhada, não pude nem voltar para a sala para me despedir dos meus colegas. Eles devem estar achando que eu fiz algo horrível.”
A diretora do Sindicato e bancária do Itaú Valeska Pincovai lembra que aumentou o número de demissões por justa causa nos últimos meses. “E todos os motivos são usados para justificá-las: insubordinação, falta de ética, desvio de informações, uso de influência em benefício próprio, uso do controle de acesso indevidamente”, enumera.
Valeska recorda de um caso apurado pelo Sindicato que ilustra o modus operandi. “Uma bancária nos relatou que o funcionário da Inspetoria disse a ela: ‘sei que você não agia de má fé, entendo seus argumentos e agora é só colocar no papel que eu vou te ajudar’. Ela escreveu, assinou e ele respondeu ‘você acabou de confessar e será demitida por justa causa.’”
Além de passar por cima da CLT para fundamentar as demissões por justa causa, o Itaú desrespeita o direito constitucional de não produzir prova contra si mesmo, denuncia Valeska. “Se o Itaú continuar com profissionais que agem desta maneira, o Sindicato irá denunciar está prática ao Ministério Público e aos órgãos de direitos humanos, pois esse não é o papel do banco.”
Os funcionários que estiverem passando por situação semelhante devem procurar o Sindicato, que dará suporte na busca por direitos na Justiça. Também não devem assinar nenhum documento.
“O Itaú precisa por fim nisso e respeitar seus funcionários, ter o mínimo de consideração e dar chance para que o trabalhador tenha seu direito de defesa garantido, porque estamos vendo bancários com mais de 20 anos, com ótimas avaliações, sem nunca ter tomado uma advertência, sendo humilhados e jogados para fora do banco acusados de um jeito injusto”, afirma Valeska.
A denúncia é de uma ex-bancária do Itaú que passou pela temida Inspetoria do banco antes de ser demitida por justa causa. O Sindicato vem recebendo uma série de denúncias de trabalhadores que vivenciaram o mesmo processo.
Ela conta que foi afastada para averiguação depois do episódio descrito acima. “Mas não teve averiguação nenhuma. A carta já estava pronta. Na realidade a inspetora falou: ‘transcreve isso que eu vou te ditar’. Eu escrevi e assinei, porque imaginei que fosse o procedimento normal. Nunca tinha recebido nem uma advertência sequer. Nunca imaginei que pudesse ser demitida, ainda mais por justa causa, mas foi o que aconteceu. Fui humilhada, não pude nem voltar para a sala para me despedir dos meus colegas. Eles devem estar achando que eu fiz algo horrível.”
A diretora do Sindicato e bancária do Itaú Valeska Pincovai lembra que aumentou o número de demissões por justa causa nos últimos meses. “E todos os motivos são usados para justificá-las: insubordinação, falta de ética, desvio de informações, uso de influência em benefício próprio, uso do controle de acesso indevidamente”, enumera.
Valeska recorda de um caso apurado pelo Sindicato que ilustra o modus operandi. “Uma bancária nos relatou que o funcionário da Inspetoria disse a ela: ‘sei que você não agia de má fé, entendo seus argumentos e agora é só colocar no papel que eu vou te ajudar’. Ela escreveu, assinou e ele respondeu ‘você acabou de confessar e será demitida por justa causa.’”
Além de passar por cima da CLT para fundamentar as demissões por justa causa, o Itaú desrespeita o direito constitucional de não produzir prova contra si mesmo, denuncia Valeska. “Se o Itaú continuar com profissionais que agem desta maneira, o Sindicato irá denunciar está prática ao Ministério Público e aos órgãos de direitos humanos, pois esse não é o papel do banco.”
Os funcionários que estiverem passando por situação semelhante devem procurar o Sindicato, que dará suporte na busca por direitos na Justiça. Também não devem assinar nenhum documento.
“O Itaú precisa por fim nisso e respeitar seus funcionários, ter o mínimo de consideração e dar chance para que o trabalhador tenha seu direito de defesa garantido, porque estamos vendo bancários com mais de 20 anos, com ótimas avaliações, sem nunca ter tomado uma advertência, sendo humilhados e jogados para fora do banco acusados de um jeito injusto”, afirma Valeska.
Rodolfo Wrolli – 31/8/2015
![seja socio](/sites/default/files/inline-images/banner1alterado.png)