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São Paulo - Mais uma vez os preços dos alimentos foram determinantes para a alta da inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). Sozinho, o grupo já acumula alta de 8,79 de janeiro a junho. A pesquisa, divulgada na quarta 10 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostra também que o índice é ainda maior para as famílias de 1 a 5 salários mínimos.
Inflação oficial do país – usada pelo Banco Central para balizar o plano de metas inflacionárias – o IPCA diz respeito à variação de preços juntos às famílias com renda entre 1 e 40 salários mínimos e abrange dez regiões metropolitanas, além de Goiânia, Campo Grande e Brasília.
Em junho, os preços dos alimentos subiram 1,32%, exercendo impacto de 0,34 ponto percentual para a alta de 0,52% do IPCA, contribuindo com mais da metade da inflação oficial do país em julho. Com 65% de participação no IPCA, o grupo Alimentação e Bebidas registrou a mais elevada variação para os meses de julho desde 2000, quando a alta atingiu 1,78%.
Na região metropolitana de Vitória (ES), no entanto, os preços chegaram a subir 2,06%, vindo, depois, Goiânia, com 1,85% e Belo Horizonte, com 1,61%.
Ao contrário de junho, quando a alta do feijão foi determinante para a variação de 0,35% do IPCA frente a maio, agora em julho o principal vilão foi o leite, com contribuição individual de 0,19 ponto percentual. Os preços do leite aumentaram 17,58% de um mês para o outro. Segundo o IBGE, em quatro das treze regiões pesquisadas, o litro do leite acusou alta superior a 20%: Belo Horizonte (23,02%), Rio de Janeiro (22,47%), Brasília (21,76%) e Vitória (21,76%).
Vilão da inflação de junho, o feijão-carioca também continuou pressionando o IPCA em julho, fixando-se na segunda colocação entre os alimentos ao subir 32,42%. A alta exerceu um impacto de 0,13 ponto percentual na inflação do mês. Em Curitiba e São Paulo, o preço do quilo subiu 45,20% e 43,98%, respectivamente. O feijão-preto também subiu, passando a custar, em média, 41,59% a mais, enquanto o mulatinho ficou 18,89% mais caro e o fradinho, 14,72%.
Além dos expressivos aumentos dos diversos tipos de feijão, mais uma vez o arroz também se destacou, com preços elevados em 4,68% na média, atingindo 8,27% em Goiânia, 7,49% em Fortaleza e 6,84% em Belém. Com isto, o feijão com arroz, prato típico da mesa do brasileiro, passou a custar bem mais.
Assim como os alimentos, que passaram de 0,71% em junho para 1,32% em julho, outros três grupos mostraram aceleração na taxa de crescimento de um mês para o outro: Despesas Pessoais (de 0,35% para 0,7%), Artigos de Residência (de 0,26% para 0,53%) e Transportes (de -0,53% para 0,4%).
Todos os demais grupos de produtos e serviços pesquisados fecharam julho com queda de preços em relação a junho: o grupo Saúde e Cuidados Pessoais caiu de 0,83% para 0,61%; Educação (de 0,11% para 0,04%) e Comunicação (de 0,04% para 0,02%). Já Habitação (de 0,63% para -0,29%) e Vestuário (de 0,32% para -0,38%) fecharam junho com desaceleração em relação a junho.
Regiões - Goiânia foi a cidade que registrou a maior alta do IPCA, em junho, entre as 13 regiões pesquisadas pelo IBGE. Em julho, a cidade registrou variação de 0,51 ponto percentual, praticamente o dobro da inflação para a totalidade do Brasil.
O município, no entanto, não ficou isolado: outras dez regiões metropolitanas e municípios fecharam o mês com resultado acima da média nacional de 0,52%: Salvador, com alta de 0,93%; Recife (0,92%); Campo Grande (0,79%); Belém (0,76%); Belo Horizonte (0,72%); Fortaleza e Porto Alegre (ambas com 0,66%); Rio de Janeiro (0,6%); e Vitória (0,56).
Mais alta para os pobres - Enquanto o IPCA registrou variação de 0,52%, o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que mede a variação das famílias com renda de até 5 salários, variou 0,64%, resultado 0,12 ponto percentual acima.
O INPC de julho é 0,17 ponto percentual superior ao de junho, que foi de 0,47%. Com o resultado, o acumulado no ano foi para 5,76%, bem menos, no entanto, do que os 7,42% de igual período de 2015.
Considerando os últimos doze meses, o índice está em 9,56%, pouco acima dos 9,49% relativos aos doze meses imediatamente anteriores. Em julho de 2015, o INPC foi de 0,58%.
Os produtos alimentícios acusaram alta de 1,63% em julho, enquanto em junho a variação foi de 0,83%. O agrupamento dos não alimentícios teve variação de 0,18% em julho, abaixo da taxa de 0,31% de junho.
Dentre os índices regionais, o maior foi o de Goiânia, com 1,03%, sob pressão da alta de 2,69% dos alimentos comprados para consumo em casa, taxa que ficou acima da média nacional (2,04%), além da água e esgoto (8,79%), com reajuste de 9,10% a partir de primeiro de julho.
O menor índice foi o de Curitiba (0,04%), sob influência da queda de 11,58% no item energia elétrica, que refletiu a redução de 13,83% nas tarifas em vigor a partir de 24 de junho.
Nielmar de Oliveira, da Agência Brasil, com edição da Redação - 10/8/2016
Inflação oficial do país – usada pelo Banco Central para balizar o plano de metas inflacionárias – o IPCA diz respeito à variação de preços juntos às famílias com renda entre 1 e 40 salários mínimos e abrange dez regiões metropolitanas, além de Goiânia, Campo Grande e Brasília.
Em junho, os preços dos alimentos subiram 1,32%, exercendo impacto de 0,34 ponto percentual para a alta de 0,52% do IPCA, contribuindo com mais da metade da inflação oficial do país em julho. Com 65% de participação no IPCA, o grupo Alimentação e Bebidas registrou a mais elevada variação para os meses de julho desde 2000, quando a alta atingiu 1,78%.
Na região metropolitana de Vitória (ES), no entanto, os preços chegaram a subir 2,06%, vindo, depois, Goiânia, com 1,85% e Belo Horizonte, com 1,61%.
Ao contrário de junho, quando a alta do feijão foi determinante para a variação de 0,35% do IPCA frente a maio, agora em julho o principal vilão foi o leite, com contribuição individual de 0,19 ponto percentual. Os preços do leite aumentaram 17,58% de um mês para o outro. Segundo o IBGE, em quatro das treze regiões pesquisadas, o litro do leite acusou alta superior a 20%: Belo Horizonte (23,02%), Rio de Janeiro (22,47%), Brasília (21,76%) e Vitória (21,76%).
Vilão da inflação de junho, o feijão-carioca também continuou pressionando o IPCA em julho, fixando-se na segunda colocação entre os alimentos ao subir 32,42%. A alta exerceu um impacto de 0,13 ponto percentual na inflação do mês. Em Curitiba e São Paulo, o preço do quilo subiu 45,20% e 43,98%, respectivamente. O feijão-preto também subiu, passando a custar, em média, 41,59% a mais, enquanto o mulatinho ficou 18,89% mais caro e o fradinho, 14,72%.
Além dos expressivos aumentos dos diversos tipos de feijão, mais uma vez o arroz também se destacou, com preços elevados em 4,68% na média, atingindo 8,27% em Goiânia, 7,49% em Fortaleza e 6,84% em Belém. Com isto, o feijão com arroz, prato típico da mesa do brasileiro, passou a custar bem mais.
Assim como os alimentos, que passaram de 0,71% em junho para 1,32% em julho, outros três grupos mostraram aceleração na taxa de crescimento de um mês para o outro: Despesas Pessoais (de 0,35% para 0,7%), Artigos de Residência (de 0,26% para 0,53%) e Transportes (de -0,53% para 0,4%).
Todos os demais grupos de produtos e serviços pesquisados fecharam julho com queda de preços em relação a junho: o grupo Saúde e Cuidados Pessoais caiu de 0,83% para 0,61%; Educação (de 0,11% para 0,04%) e Comunicação (de 0,04% para 0,02%). Já Habitação (de 0,63% para -0,29%) e Vestuário (de 0,32% para -0,38%) fecharam junho com desaceleração em relação a junho.
Regiões - Goiânia foi a cidade que registrou a maior alta do IPCA, em junho, entre as 13 regiões pesquisadas pelo IBGE. Em julho, a cidade registrou variação de 0,51 ponto percentual, praticamente o dobro da inflação para a totalidade do Brasil.
O município, no entanto, não ficou isolado: outras dez regiões metropolitanas e municípios fecharam o mês com resultado acima da média nacional de 0,52%: Salvador, com alta de 0,93%; Recife (0,92%); Campo Grande (0,79%); Belém (0,76%); Belo Horizonte (0,72%); Fortaleza e Porto Alegre (ambas com 0,66%); Rio de Janeiro (0,6%); e Vitória (0,56).
Mais alta para os pobres - Enquanto o IPCA registrou variação de 0,52%, o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que mede a variação das famílias com renda de até 5 salários, variou 0,64%, resultado 0,12 ponto percentual acima.
O INPC de julho é 0,17 ponto percentual superior ao de junho, que foi de 0,47%. Com o resultado, o acumulado no ano foi para 5,76%, bem menos, no entanto, do que os 7,42% de igual período de 2015.
Considerando os últimos doze meses, o índice está em 9,56%, pouco acima dos 9,49% relativos aos doze meses imediatamente anteriores. Em julho de 2015, o INPC foi de 0,58%.
Os produtos alimentícios acusaram alta de 1,63% em julho, enquanto em junho a variação foi de 0,83%. O agrupamento dos não alimentícios teve variação de 0,18% em julho, abaixo da taxa de 0,31% de junho.
Dentre os índices regionais, o maior foi o de Goiânia, com 1,03%, sob pressão da alta de 2,69% dos alimentos comprados para consumo em casa, taxa que ficou acima da média nacional (2,04%), além da água e esgoto (8,79%), com reajuste de 9,10% a partir de primeiro de julho.
O menor índice foi o de Curitiba (0,04%), sob influência da queda de 11,58% no item energia elétrica, que refletiu a redução de 13,83% nas tarifas em vigor a partir de 24 de junho.
Nielmar de Oliveira, da Agência Brasil, com edição da Redação - 10/8/2016