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Número de trabalhadores informais volta a subir

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Para diretor do Dieese, crescimento do trabalho sem carteira assinada é resultado da recessão econômica e afeta rendimentos
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São Paulo – Para o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, o crescimento do número de trabalhadores sem carteira assinada, que segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE alcançou 10,3 milhões de pessoas no mês de julho, é resultado do atual quadro de recessão econômica.

A desestruturação do mercado de trabalho preocupa, segundo Ganz Lúcio, porque os trabalhadores sem carteira, além de não contarem com a proteção previdenciária, registram rendimentos muito abaixo do salário mínimo.

Segundo a pesquisa, 5,5 milhões de trabalhadores informais recebem até meio salário mínimo (R$ 440,00) por mês, sendo que a metade desse contingente recebe rendimentos ainda inferiores, de até R$ 220,00.

"Não só a informalidade, sem proteção laboral, vem aumentando por conta da crise, quanto os rendimentos das pessoas ocupadas são muito baixos, de um quarto à metade de um salário mínimo", afirma o diretor do Diesse.

> Áudio: ouça entrevista de Ganz Lúcio à Rádio Brasil Atual

Para Clemente, essa situação atinge um grupo elevado da população e o quadro só será revertido a partir da retomada do crescimento econômico, com ênfase na criação de empregos de qualidade, com carteira assinada e acesso à Previdência.


Rede Brasil Atual - 23/8/2016
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