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Bancos não apresentam proposta

Linha fina
Próxima rodada de negociação acontece na próxima terça (07)
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01/08/2018 - A quinta rodada de negociação entre a Federação dos Bancos (Fenaban) e o Comando Nacional dos Bancários, nesta quarta-feira (01), terminou sem avanços nas principais reivindicações da categoria.

Uma nova negociação foi marcada para a próxima terça-feira (07). A pauta de reivindicações foi entregue no dia 13 de junho. Já foram discutidos os temas emprego, saúde, segurança, igualdade de oportunidades e remuneração.

No dia seguinte, dia 08/08, haverá assembleias em todo o país para que os bancários avaliem as propostas.

“É preciso repartir do lucro com os trabalhadores, os maiores responsáveis pelo excelente desempenho do setor. O lucro dos maiores bancos brasileiros foi de R$ 79,4 bilhões em 2017, um crescimento real de 159,5% em relação a 2003, quando somou R$ 30,6 bilhões. Apesar do crescimento real da remuneração dos bancários ter sido de 10,9% entre 2003 e 2016, o crescimento real do lucro dos bancos foi de 106,4%”,disse Ivone Silva, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários. “Reivindicamos a manutenção do emprego, aumento real e melhores condições de trabalho. Queremos resolver a Campanha na mesa de negociação e os bancos têm condições de atender nossas reivindicações”.

“Registramos a expectativa dos bancários de receber a proposta nesta quarta-feira, mas os representantes dos bancos disseram que só fariam proposta de reajuste na próxima semana e a negociação transcorreu debatendo ponto a ponto as cláusulas econômicas e de igualdade de oportunidades da pauta de reinvindicações”, relata a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira. “Destacamos que a categoria espera uma boa proposta de reajuste diante do crescimento de quase 34% em 2017, de 20% no primeiro trimestre de 2018 e que segue em alta diante dos balanços do semestre já divulgados.”

  
Economia - Os ganhos dos trabalhadores ajudam a aquecer a economia brasileira e fazem o país crescer. Somente as conquistas dos 504.345 bancários em 2017 – reajustes nos salários, vales e PLR total – levaram à economia brasileira R$ 8 bilhões. Em 2017, o índice conquistado pelos bancários foi de 8% e abono de R$3.500, com vale  refeição e o auxílio creche-babá reajustados em 10% e o vale alimentação em 15%.

A receita de prestação de serviços e tarifas continua em elevação: juntos, os maiores bancos acumularam o montante de R$ 32,4 bilhões nos primeiros três meses do ano, crescimento de 6,9% em doze meses. Somente essa receita secundária, cobriria quase 140% do total dispendido em despesa de pessoal, que inclui salários, encargos, benefícios, PLR, treinamentos, provisões trabalhistas, etc.

Emprego - Apesar do aumento substancial do lucro no último período, o emprego nos maiores bancos vem caindo: no 1ºtrimestre de 2018, houve uma queda de 13.564 postos de trabalho em doze meses.

Igualdade de oportunidades – Na categoria bancária, as mulheres ocupam 49% do total de postos de trabalho e recebem, em média, salários 23% menores que os dos homens. Essa realidade é ainda mais injusta quando se observa que as mulheres bancárias têm escolaridade maior que a dos bancários. 80% das bancárias têm nível superior completo, enquanto entre os homens esse percentual cai para 74%.

Em seus Relatórios Anuais de Sustentabilidade os bancos apresentam algumas informações que ilustram a desigualdade com a qual as mulheres são tratadas nestas instituições. No Bradesco, por exemplo, o salário médio das mulheres na gerência representa apenas 85% do salário médio dos homens que trabalham nos mesmos cargos.

Mobilização - Data-base dos bancários é 1º de setembro. A categoria entregou pauta com as reivindicações no dia 13 de junho. Houve negociação nos dias 28/06, 12/07, 19/07 (Saúde e condições de trabalho), 25/07 (Emprego) e 01/08 (Clausulas econômicas).

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