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Chapéu
Banco do Brasil

Lucro do BB é de R$ 8,679 bilhões no primeiro semestre

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Montante é 38,5% maior do que o mesmo período do ano passado, graças aos impostos que o Banco do Brasil deixou de pagar; em 12 meses, banco reduziu 1.507 postos de trabalho
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Foto: Arquivo/Seeb-SP

O lucro líquido ajustado do Banco do Brasil no primeiro semestre deste ano foi de R$ 8,679 bilhões, um crescimento de 38,5% em relação ao mesmo período de 2018. Segundo o BB, o resultado foi impactado pela redução de custos, pela queda de 87% das despesas com operações de empréstimos, cessões e repasses, e pela redução de despesas de recursos captados no exterior.

A utilização de créditos tributários também contribuiu para elevar o resultado, uma vez que nos seis primeiros meses do ano o banco gastou R$ 1,6 bilhão a menos com tributação sobre o lucro. E mais: se pagasse os cerca de R$ 1,45 bilhão em impostos que deixou de fazê-lo no primeiro semestre deste ano, segundo o jornal Folha de S.Paulo, o lucro teria crescido bem menos: 12,8%

Mesmo com o excelente resultado, o BB fechou 1.507 postos de trabalho, 399 apenas nos últimos três meses, chegando a 96.168 funcionários. Além disso, reduziu o número de agências em 48 unidades.

“O banco teve elevação de quase 40% do lucro no primeiro semestre, deixou de pagar montante relevante de impostos, mas, ainda assim, sua direção  prepara mais um plano de demissão, à revelia do movimento sindical, é importante ressaltar. Trata-se de uma reestruturação descabida que irá resultar em aumento da sobrecarga do trabalho para os funcionários remanescentes e atendimento ainda mais precarizado à população”, enfatiza João Fukunaga, diretor do Sindicato e funcionário do BB.

“Além disso, o presidente do BB, em declaração à imprensa, disse que o banco está em processo de “grande transformação para o mundo digital” e que teria maior rentabilidade, “não fossem as amarras estatais”. Oras, e a função pública e social Banco do Brasil, que deveria priorizar a bancarização da população e não abrir mão das agências físicas em detrimento às digitais?”, acrescenta.

Com o resultado deste primeiro semestre do ano, a rentabilidade do banco chegou a 14,9%, ante 11,5% no mesmo período de 2018.

As receitas com tarifas e prestação de serviços tiveram alta de 6,6%, chegando a R$ 14,2 bilhões no primeiro semestre. Apenas com este montante, o BB cobre 126% do total de suas despesas de pessoal, incluindo PLR.

Outros dados

A carteira de crédito do BB totalizou R$ 686,6 bilhões, queda de 0,4% em relação a junho de 2018.

A carteira Pessoa Física cresceu 7,8% em relação a junho de 2018 (+R$ 14,7 bilhões), reflexo do desempenho positivo em crédito consignado (+R$ 6,0 bilhões), em empréstimo pessoal (+R$ 4,8 bilhões) e financiamento imobiliário (+R$ 2,5 bilhões).

Já a carteira de crédito Pessoa Jurídica retraiu 7,8% em relação a junho de 2018, principalmente no segmento de Grandes Empresas.

O índice de inadimplência (relação entre as operações vencidas há mais de 90 dias e o saldo da carteira de crédito classificada) alcançou 3,25% em junho de 2019.

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