Pular para o conteúdo principal

Release: Bancários exigem manutenção de direitos e ganho real do setor mais rentável da economia brasileira

Linha fina
Bancos devem apresentar proposta na próxima terça (18); Categoria reivindica manutenção de direitos e aumento real
Imagem Destaque

14/08/2020 - A quinta rodada de negociação entre a Federação dos Bancos (Fenaban) e o Comando Nacional dos Bancários, nesta sexta-feira (14), terminou sem avanços nas principais reivindicações da categoria.

Entre as prioridades apontadas estão a manutenção dos direitos adquiridos, defesa do emprego, defesa da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) válida para toda a categoria (independentemente do nível salarial), ganho real nas cláusulas econômicas, mesa única de negociação com os bancos (com bancos públicos e privados) e a defesa dos bancos públicos. 

Uma nova negociação foi marcada para a próxima terça-feira (18). A pauta de reivindicações foi entregue no dia 23 de julho. Já foram discutidos os temas emprego, saúde e condições de trabalho, igualdade de oportunidades e remuneração. Com o fim da ultratividade, princípio que garante a validade de um acordo coletivo até sua renovação, nenhum dos direitos da categoria bancária contidos na Convenção Coletiva de Trabalho estão automaticamente assegurados após 31 de agosto, nem mesmo a PLR. 

“É preciso repartir do lucro com os trabalhadores, os maiores responsáveis pelo excelente desempenho do setor. O lucro dos cinco maiores bancos brasileiros, somente no primeiro trimestre, foi de R$ 18 bilhões e no semestre (com exceção da Caixa, que ainda não divulgou), o lucro foi de R$ 28,5 bilhões. Apesar dos bilhões conquistados pelas instituições financeiras, entre janeiro de 2013 e dezembro de 2019 houve redução de 70 mil postos de trabalho, no país. Em doze meses (1 trim de 2019 a 1 trim de 2020) já foram fechados 11,5 mil postos de trabalho nos cinco principais bancos do país. E mesmo durante a pandemia, o governo protegeu os bancos e liberou R$1,2 trilhões de recursos para o setor financeiro, ou seja, não há crise para os bancos", disse Ivone Silva, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários. “Reivindicamos a manutenção do emprego, aumento real e melhores condições de trabalho. Queremos resolver a Campanha na mesa de negociação e os bancos têm condições de atender nossas reivindicações. No primeiro semestre, 42,7% das categorias tiveram aumento acima da inflação, em setores menos rentáveis. Os representantes dos bancos disseram que podem apresentar proposta na próxima semana". 

Lucro/PLR - Entre 1997 e 2019, o lucro líquido do setor bancário brasileiro teve um crescimento real (acima da inflação) de 446%, chegando a quase R$ 110 bilhões em 2019. No mesmo período a PLR-CCT de um caixa de banco (considerando o teto tanto na regra básica quanto na parcela adicional) teve um crescimento real de apenas 160% ."Os números apresentados na mesa de negociação são importantes para que tenhamos certeza de que os bancos atuantes no Brasil, mesmo com a crise econômica internacional e com a economia nacional crescendo pouco, apresentam uma capacidade financeira de fazer inveja aos demais setores econômicos do país. Os trabalhadores reivindicam receber a parcela de lucro que eles construíram. Não podemos aceitar que o lucro do setor bancário cresceu num patamar 2,8 vezes maior do que o crescimento do valor da PLR distribuída aos caixas, por exemplo". 

Campanha Nacional Unificada 2020:

Reajuste salarial dos bancários 

Na Campanha Nacional dos Bancários 2020, os bancários reivindicam a reposição da inflação (INPC), entre 1/9/2019 e 31/8/2020, mais aumento real de 5% (índice) para os salários. Vales Alimentação, Refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá  – Salário Mínimo Nacional (R$ 1045)

PLR 2020

Sobre a PLR, os bancários reivindicam que ela seja composta por três salários mais parcela fixa de R$ 10.742,91, corrigido pelo percentual que corresponde à reposição da inflação acumulada no período compreendido entre 01.09.2019 até 31.08.2020, mais aumento real de 5%.

Vale-refeição e vale-alimentação

A categoria também cobra  vale-refeição de R$1.045 (correspondente a 23 tíquetes de R$45,43),  e vale-alimentação no mesmo valor.  

 

seja socio