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Release: Bancos querem retirar mais direitos e trabalhadores fazem assembleia na terça (25)

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São Paulo, 20/08/2020 - Na sétima rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban, nesta quinta-feira (20), os bancos apresentaram proposta para retirar mais direitos dos trabalhadores, com a retirada da 13ª cesta alimentação e a redução de 55% para 50% da gratificação de função. O Comando Nacional dos Bancários rejeitou na mesa de negociação e nova reunião está marcada para amanhã (21). A assembleia com a categoria vai ser marcada para terça-feira (25). 

"O lucro dos quatro maiores bancos do país, no semestre, somados atingiu R$ 28,5 bilhões, o que não é nada desprezível, especialmente para o momento pelo qual o país e o mundo vem atravessando. E a pauta dos bancos é retirar mais direitos. Não vamos aceitar retrocessos e teremos uma assembleia para avaliar a campanha", disse Ivone Silva, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários. "Importante destacar que, apenas com as receitas de prestação de serviços e tarifa, que se trata de receita secundária dos bancos, eles cobrem toda a despesa de pessoal acrescidas da PLR, com folga. No Santander, por exemplo, a cobertura chegou a 187,2%, o que significa dizer que as receitas com prestação de serviços e tarifa cobriram toda a despesa de pessoal com sobra equivalente a 87,2% desta, ou seja, cobriram quase duas folhas de pagamento".

Campanha Nacional Unificada 2020:

Reajuste salarial dos bancários

Na Campanha Nacional dos Bancários 2020, os bancários reivindicam a reposição da inflação (INPC), entre 1/9/2019 e 31/8/2020, mais aumento real de 5% (índice) para os salários. Vales Alimentação, Refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá  – Salário Mínimo Nacional (R$ 1045)

PLR 2020

Sobre a PLR, os bancários reivindicam que ela seja composta por três salários mais parcela fixa de R$ 10.742,91, corrigido pelo percentual que corresponde à reposição da inflação acumulada no período compreendido entre 01.09.2019 até 31.08.2020, mais aumento real de 5%.

A PLR é prioridade da categoria bancária. E os trabalhadores estão munidos de dados que comprovam que os bancos, mesmo com resultados menores, continuam altamente lucrativos e não têm desculpas para não atender a essa reivindicação da categoria.

“Com a alta expressiva dos lucros dos bancos ao longo dos anos, o percentual médio de distribuição da PLR não chega a alcançar nem nem 7,2%, como previstos na CCT. Dados mostram que, entre 1997 e 2019, enquanto o lucro dos bancos teve crescimento real de 446%, a PLR de um caixa cresceu 160%, ou seja, o lucro do setor cresceu num patamar 2,8 vezes maior do que cresceu a PLR dos caixas, por exemplo”, informa Ivone. “Ou seja, os bancos não têm por que alegar queda nos resultados para não atender à demanda dos bancários por PLR melhor”, enfatiza.

Vale-refeição e vale-alimentação

A categoria também cobra  vale-refeição de R$1.045 (correspondente a 23 tíquetes de R$45,43),  e vale-alimentação no mesmo valor.  

Outra demanda é por VA e VR maiores. Segundo o IBGE, a inflação do grupo Alimentação foi de 8,3% (ago/2019 a jul/20), um dos que mais pesou no cálculo do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que ficou em 2,69%. E contrariando o que normalmente ocorre, o subgrupo Alimentação no Domicílio teve alta maior (9,7%) do que o de Alimentação Fora do Domicílio (4,5%).

Os preços da Cesta Básica, segundo o Dieese, também tiveram alta em praticamente todas as capitais em doze meses, ficando estável somente em Brasília.

 

 

 

 

 

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