O Tribunal de Contas da União (TCU) julgou improcedente a representação apresentada pelo deputado federal Jorge Goetten (Republicanos-SC) contra a nomeação de João Fukunaga para o cargo de presidente Previ. A decisão do TCU foi publicada na quarta-feira 21.
Em sua representação, o deputado alegou supostas irregularidades no processo de indicação de Fukunaga, mas em sua decisão, o relator do caso no TCU, ministro Walton Alencar Rodrigues, afirmou que os critérios exigidos para a nomeação ao cargo foram atendidos de forma suficiente e que, portanto, a habilitação do dirigente por parte da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) foi correta.
Walton Alencar Rodrigues destacou ainda a relevância da Previ no cenário nacional e internacional, classificando-a como o maior fundo de pensão da América Latina, responsável pela gestão de mais de R$ 270 bilhões, com planos de benefícios financiados tanto pela própria Previ quanto pelo Banco do Brasil.
“Como temos afirmado desde a sua nomeação, João Fukunaga reúne todas as condições para presidir a Previ, que inclusive apresentou um resultado recorde sob a sua gestão! A decisão do TCU comprova que todas as instâncias e processos para sua nomeação foram cumpridos, e dá um basta em todo o processo de perseguição política à sua nomeação”, comemora Ana Beatriz Garbelini, secretária de Organização e Suporte Administrativo do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, e dirigente sindical do Banco do Brasil.
Competência e trajetória de luta
Ex-diretor executivo do Sindicato, João Fukunaga tomou posse na presidência da Previ em fevereiro de 2023, mas desde então passou a sofrer perseguições políticas. Chegou a ser afastado do cargo por decisão liminar da 1ª Vara Federal do DF, em 26 de maio, mas que foi derrubada três dias depois pelo TRF da 1ª Região.
O movimento sindical bancário e ex-diretores da Previ foram incansáveis na defesa do funcionário de carreira do BB, sempre destacando sua competência para o cargo e sua trajetória de luta em defesa dos direitos dos trabalhadores do banco.
Funcionário do BB desde 2008, Fukunaga entrou para a diretoria do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região em 2012. Também assumiu, em 2018, a coordenação da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e, em 2020, tornou-se auditor sindical, função prevista no ACT que, entre outras responsabilidades, realiza a auditoria dos valores da PLR do banco.
O Sindicato comemorou sua indicação, como a escolha acertada de uma pessoa que conhece o dia a dia dos trabalhadores e sabe das reivindicações históricas do funcionalismo do BB.
Sob sua gestão, o fundo de pensão teve excelentes resultados. A Previ iniciou 2024 com o melhor resultados dos últimos 10 anos: um significativo superávit acumulado e valor recorde de benefícios pagos, ultrapassando os R$ 16 bilhões.