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Chapéu
Campanha

Bancários do HSBC param em São Paulo

Linha fina
No próximo dia 21 os trabalhadores fazem passeata no Centro; os clientes também estão convidados. E se até 1/10 não houver proposta, pode haver greve
Imagem Destaque
Cerca de 1.200 bancários do Centro Administrativo São Paulo (CASP) e do centro de serviço Ermelino Matarazzo do HSBC paralisaram suas atividades hoje, até as 11h. Os trabalhadores protestaram contra a abertura das agências bancárias aos sábados e a postura desrespeitosa dos banqueiros nas rodadas de negociação da campanha salarial.

Na terça, 13, cerca de 6 mil bancários do Unibanco e mil do Banco do Brasil também fizeram atividade de paralisação pela campanha salarial.

“Os trabalhadores estão demonstrando que não estão nada satisfeitos com a forma como os banqueiros estão encarando as negociações. Já foram três rodadas em que, a despeito da seriedade e vontade dos bancários de negociar, a Fenaban recusa-se a ter uma atitude responsável e não apresenta proposta”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino. Uma nova rodada de negociação deve acontecer na próxima semana. “Os banqueiros estão empurrando os bancários para a greve. No dia 1º de outubro fazemos Encontro Nacional e, se até lá não houver avanço, os bancários podem decidir pela greve”, anuncia Marcolino.

Na próxima quarta, dia 21, os bancários fazem passeata pelo Centro da cidade, com concentração a partir das 18h30 na Praça do Patriarca quando realizam uma assembléia para decidir os rumos da campanha salarial. Os bancários estão convidando os clientes para participar, lembrando o mote da campanha que diz: #$¨@**&/#<@##¨#!*&>@?|}#.

Reivindicações – A minuta de reivindicações da campanha nacional 2005 dos bancários, entregue aos banqueiros em 11 de agosto, contém 100 cláusulas econômicas e sociais. Os bancários querem reajuste salarial de 11,77%, PLR maior (um salário mais valor fixo de R$ 788 acrescidos de 5% do lucro líquido distribuídos de forma linear entre os funcionários), valorização dos pisos, garantia de emprego e novas conquistas – como o 14º salário, 13ª cesta-alimentação, proteção salarial (reajuste sempre que a inflação acumulada alcançar 3%). Dentre as cláusulas sociais, há pontos como a promoção da igualdade de oportunidades e o controle de tempo de espera nas filas.

Também são reivindicados o fim da terceirização e a recontratação dos terceirizados; ampliação do horário de atendimento ao público para das 9h às 17h, com dois turnos de trabalho; medidas para coibir e combater o assédio moral; continuidade dos trabalhos da Comissão de Segurança Bancária; eleição de delegados sindicais nos locais de
trabalho.

A categoria – A data-base da categoria é 1º de setembro. No Brasil há cerca de 400 mil bancários. Em São Paulo, Osasco e Região são 106 mil trabalhadores distribuídos em torno de 3 mil locais de trabalho.

No ano passado, os bancários receberam reajuste salarial que variou entre 8,5% e 12,77% (no piso salarial), contra uma inflação de 6,4%. 
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