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O Sindicato cumpriu todas as determinações previstas pela lei de greve. A população foi avisada por meio do Jornal do Cliente, encartado em veículo de comunicação de grande circulação. A Fenaban foi comunicada da greve por ofício encaminhado no último dia 22. Apesar disso, vários interditos proibitórios (instrumento jurídico utilizado pelos bancos para tentar proibir o direito de greve dos trabalhadores) estão chegando ao Sindicato. “Esse instrumento é um absurdo. Os banqueiros utilizam uma medida jurídica que trata da preservação do patrimônio. Mas os bancários estão somente exercendo seu livre direito de manifestação durante a campanha salarial e protestando contra o ridículo aumento oferecido”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco Região, Luiz Cláudio Marcolino.
Itaú, Bradesco e Unibanco enviaram oficial de Justiça e ameaçam chamar a polícia para forçar a abertura das agências.
PM – O Sindicato enviou à Secretaria de Segurança Pública do Estado e à Polícia Militar ofício, ontem (27), informando sobre a paralisação desta quarta-feira. “Avisamos que foram cumpridas todas as determinações da Lei de Greve e que os bancários estão exercendo um direito legítimo. Queremos que a PM não interfira e não tente usar a violência para acabar com o protesto dos bancários”, diz o presidente do Sindicato.
Reivindicações – As reivindicações dos bancários os banqueiros conhecem desde 11/8: reajuste salarial de 11,77%, PLR maior (um salário mais valor fixo de R$ 788 acrescidos de 5% do lucro líquido distribuídos de forma linear entre os funcionários), valorização dos pisos, garantia de emprego e novas conquistas – como o 14º salário, 13ª cesta-alimentação, proteção salarial (reajuste sempre que a inflação acumulada alcançar 3%). Saúde é um dos eixos de campanha e há cláusulas de prevenção, reabilitação e isonomia dos trabalhadores afastados com os da ativa. Dentre as cláusulas sociais, há pontos como a promoção da igualdade de oportunidades e o controle de tempo de espera nas filas. Também são reivindicados o fim da terceirização e a recontratação dos terceirizados; ampliação do horário de atendimento ao público para das 9h às 17h, com dois turnos de trabalho; medidas para coibir e combater o assédio moral; continuidade dos trabalhos da Comissão de Segurança Bancária; eleição de delegados sindicais nos locais de trabalho.