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Chapéu
Sindicato

Bancos estão parados no Centro de São Paulo

Linha fina
Itaú, Bradesco e Unibanco ameaçam chamar a PM para forçar a abertura das agências
Imagem Destaque
São Paulo - As cerca de 70 agências do Centro de São Paulo estão completamente paradas na manhã desta quarta (28). Os bancários reunidos em assembléia na noite de ontem (27) deliberaram pela greve por 24 horas, a partir do Centro – outros locais podem parar ao longo do dia –, para protestar contra a proposta de 4% de reajuste apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Essa proposta foi rejeitada em duas assembléias de trabalhadores – uma na Praça do Patriarca, no dia 21, e outra no Bradesco Cidade de Deus, no dia 22. A Fenaban foi informada, mas até agora não marcou nova negociação.

O Sindicato cumpriu todas as determinações previstas pela lei de greve. A população foi avisada por meio do Jornal do Cliente, encartado em veículo de comunicação de grande circulação. A Fenaban foi comunicada da greve por ofício encaminhado no último dia 22. Apesar disso, vários interditos proibitórios (instrumento jurídico utilizado pelos bancos para tentar proibir o direito de greve dos trabalhadores) estão chegando ao Sindicato. “Esse instrumento é um absurdo. Os banqueiros utilizam uma medida jurídica que trata da preservação do patrimônio. Mas os bancários estão somente exercendo seu livre direito de manifestação durante a campanha salarial e protestando contra o ridículo aumento oferecido”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco Região, Luiz Cláudio Marcolino.

Itaú, Bradesco e Unibanco enviaram oficial de Justiça e ameaçam chamar a polícia para forçar a abertura das agências.

PM – O Sindicato enviou à Secretaria de Segurança Pública do Estado e à Polícia Militar ofício, ontem (27), informando sobre a paralisação desta quarta-feira. “Avisamos que foram cumpridas todas as determinações da Lei de Greve e que os bancários estão exercendo um direito legítimo. Queremos que a PM não interfira e não tente usar a violência para acabar com o protesto dos bancários”, diz o presidente do Sindicato.

Reivindicações – As reivindicações dos bancários os banqueiros conhecem desde 11/8: reajuste salarial de 11,77%, PLR maior (um salário mais valor fixo de R$ 788 acrescidos de 5% do lucro líquido distribuídos de forma linear entre os funcionários), valorização dos pisos, garantia de emprego e novas conquistas – como o 14º salário, 13ª cesta-alimentação, proteção salarial (reajuste sempre que a inflação acumulada alcançar 3%). Saúde é um dos eixos de campanha e há cláusulas de prevenção, reabilitação e isonomia dos trabalhadores afastados com os da ativa. Dentre as cláusulas sociais, há pontos como a promoção da igualdade de oportunidades e o controle de tempo de espera nas filas. Também são reivindicados o fim da terceirização e a recontratação dos terceirizados; ampliação do horário de atendimento ao público para das 9h às 17h, com dois turnos de trabalho; medidas para coibir e combater o assédio moral; continuidade dos trabalhos da Comissão de Segurança Bancária; eleição de delegados sindicais nos locais de trabalho.
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