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A atividade, que abrange cerca de 3.500 bancários, é um protesto contra o cancelamento da rodada de negociação que deveria ter ocorrido na primeira semana de setembro, quando os representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) haviam se comprometido a apresentar uma proposta às cláusulas econômicas da minuta de reivindicação.
As agências envolvidas no protesto estão nas ruas Clélia, Doze de Outubro, Cerro Cora, Pio XI, Barão de Jundiaí, Roma, Brigadeiro Gavião Peixoto, Nossa Senhora da Lapa, Clemente Álvares e na avenida Pompéia. Os caixas eletrônicos funcionarão normalmente.
Nenhuma nova rodada de negociação está prevista. Os bancários entregaram a minuta de reivindicações no dia 10, quando aconteceu a primeira rodada e foram apresentadas as cláusulas prioritárias. Outras duas rodadas aconteceram nos dias 21 e 29 de agosto. A data-base da categoria é 1º de setembro. No Brasil há pouco mais de 400 mil bancários, 106 mil deles atuam na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
“Os bancários querem negociar, esperam uma proposta às suas reivindicações apresentadas há mais de um mês, mas os banqueiros parecem estar apostando no impasse”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino. “Todos conhecem os lucros exorbitantes alcançados pelos bancos e essa insistência em não negociar só demonstra o descaso dos banqueiros com seus funcionários e clientes. Os bancários estão sendo empurrados para a greve. Nossa data-base é 1º de setembro e até agora nada”, completa.
Reivindicações – Os bancários querem aumento real de salários, de 7,05%, além da reposição da inflação, e participação maior nos lucros e resultados – de 5% do lucro líquido linear, mais um salário bruto acrescido de R$ 1.500. Além disso, o fim do assédio moral e das metas abusivas; a isonomia de direitos entre trabalhadores aposentados, afastados e de bancos que sofreram fusões; a manutenção do emprego – por meio da proibição de dispensas imotivadas e da ampliação do horário de atendimento com dois turnos de trabalho – e a redução dos juros e das tarifas.
Além desses eixos, são consideradas prioritárias as cláusulas que reivindicam 14º salário; plano de cargos e salários para todos os trabalhadores; regramento da remuneração variável; aumento na gratificação de caixa; vale-alimentação de R$ 300; auxílio creche/babá de um salário mínimo; auxílio-educação para todos os funcionários; fim da terceirização de serviços; criação de comissão de segurança bancária; isenção de tarifas para todos os bancários; delegados sindicais em todos os bancos; programa de reabilitação profissional.