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Bancos fechados até as 12h, na região da avenida Ibirapuera

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Hoje (6), 29 agências dos bancos Bradesco, Itaú e Unibanco da zona sul de São Paulo permanecerão fechadas até as 12h. O protesto abrange cerca de 600 bancários em agências que se concentram em torno do Largo de Moema, avenida Ibirapuera e rua Adolfo Pinheiro. Os caixas eletrônicos funcionam normalmente.

Os trabalhadores protestam contra o cancelamento da rodada de negociação que deveria ter ocorrido nesta semana, quando os representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) haviam se comprometido a apresentar uma proposta às cláusulas econômicas da minuta de reivindicação.

 
Os bancários entregaram a minuta de reivindicações no dia 10, quando aconteceu a primeira rodada e foram apresentadas as cláusulas prioritárias (leia abaixo). Outras duas rodadas aconteceram nos dias 21 e 29 de agosto.

“Os bancários vão continuar em manifestação até que os banqueiros retomem as negociações. Nossa data-base é 1º de setembro e até agora não temos sequer uma proposta”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino.

“E, se depois de tanto tempo a proposta que vier não for decente, vamos entrar em greve. O setor financeiro está batendo novos recordes de lucratividade, não há motivo para tanta enrolação”, completa Marcolino. No Brasil há pouco mais de 400 mil bancários, 106 mil deles atuam na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Reivindicações – Os bancários querem aumento real de salários, de 7,05%, além da reposição da inflação, e participação maior nos lucros e resultados – de 5% do lucro líquido linear, mais um salário bruto acrescido de R$ 1.500. Além disso, o fim do assédio moral e das metas abusivas; a isonomia de direitos entre trabalhadores aposentados, afastados e de bancos que sofreram fusões; a manutenção do emprego – por meio da proibição de dispensas imotivadas e da ampliação do horário de atendimento com dois turnos de trabalho – e a redução dos juros e das tarifas.

Além desses eixos, são consideradas prioritárias as cláusulas que reivindicam 14º salário; plano de cargos e salários para todos os trabalhadores; regramento da remuneração variável; aumento na gratificação de caixa; vale-alimentação de R$ 300; auxílio creche/babá de um salário mínimo; auxílio-educação para todos os funcionários; fim da terceirização de serviços; criação de comissão de segurança bancária; isenção de tarifas para todos os bancários; delegados sindicais em todos os bancos; programa de reabilitação profissional.
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