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“A Fenaban voltou atrás. Não só estava acertado uma nova rodada de negociação para a próxima semana, como que seria, finalmente, apresentada uma proposta para as cláusulas econômicas. Hoje, dia da nossa data-base, os banqueiros voltam atrás e dizem que não vão negociar. É provocação que os bancários vão responder à altura”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino.
Na segunda-feira, dia 4, os bancários realizam Dia Nacional de Luta. Em São Paulo, será escolhida uma região da cidade onde as agências terão o horário de abertura atrasado. O Sindicato vai realizar assembléia no local, com os trabalhadores, para debater os rumos da campanha.
“Está acontecendo exatamente o que dizíamos: os banqueiros estão empurrado os trabalhadores para a radicalização do movimento. Recusam-se a negociar com os representantes dos trabalhadores, como se o reajuste dos salários não fosse urgente. Mas milhões de reais já foram distribuídos, pelos principais bancos que participam da mesa de negociação, para os executivos dessas instituições financeiras”, conta Marcolino. “E para o bancário que está na linha de frente, na pressão do dia-a-dia, atendendo o cliente, nada”, completa.
Reivindicações – Os bancários querem aumento real de salários, de 7,05%, além da reposição da inflação, e participação maior nos lucros e resultados – de 5% do lucro líquido linear, mais um salário bruto acrescido de R$ 1.500. Além disso, o fim do assédio moral e das metas abusivas; a isonomia de direitos entre trabalhadores aposentados, afastados e de bancos que sofreram fusões; a manutenção do emprego – por meio da proibição de dispensas imotivadas e da ampliação do horário de atendimento com dois turnos de trabalho – e a redução dos juros e das tarifas.
Além desses eixos, são consideradas prioritárias as cláusulas que reivindicam 14º salário; plano de cargos e salários para todos os trabalhadores; regramento da remuneração variável; aumento na gratificação de caixa; vale-alimentação de R$ 300; auxílio creche/babá de um salário mínimo; auxílio-educação para todos os funcionários; fim da terceirização de serviços; criação de comissão de segurança bancária; isenção de tarifas para todos os bancários; delegados sindicais em todos os bancos; programa de reabilitação profissional.
No Brasil há pouco mais de 400 mil bancários, 110 mil deles atuam na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. A data-base da categoria é 1º de setembro.