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Bancários de São Paulo param por aumento real de salários

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Os bancários de São Paulo e Osasco realizam paralisação de 24 horas nesta sexta-feira, 28 de setembro. Até às 12h foram contabilizadas 103 agências fechadas, além de nove centros administrativos de bancos, abrangendo ao todo 13.500 bancários. Boa parte das agências, 76, está localizada na região central da capital paulista, as demais estão espalhadas pelas zonas Leste, Norte, Oeste e Sul, além da região da Paulista e da cidade de Osasco. A paralisação foi decidida em assembléia, na noite desta quinta, 27, que após a rejeição do reajuste de 4,82% proposto pela Federação dos Bancos (Fenaban).

"A paralisação de hoje é uma advertência aos banqueiros que se negam em apresentar uma proposta com aumento real de salários e PLR maior e mais justa para todos os bancários", disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. "Se não houver avanços na mesa de negociação, os bancários vão à greve", advertiu.

Negociação - O Comando Nacional dos Bancários e a Federação os Bancos (Fenaban) reúnem-se nesta, sexta-feira, 28 de setembro para mais uma rodada de negociação sobre as reivindicações econômicas, a oitava desta Campanha Nacional. A Negociação está marcada para as 14h, no Hotel Mércure Grand Hotel SP (Rua Joinville, 515 – Ibirapuera).

Os bancários também decidiram a realização de uma assembléia na próxima terça-feira, dia 2 de outubro, para deliberar sobre greve por tempo indeterminado a partir do dia 3, quarta-feira.

Reivindicações Econômicas
* Reajuste salarial de 10,3%, que prevê aumento real de 5,5%. Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de dois salários mais valor adicional de R$ 3.500.
* Piso salarial de R$ 1.628,24 (salário mínimo definido pelo Dieese).
* Plano de Cargos e Salários em todos os bancos.
* 14º salário.
* Cesta-alimentação de R$ 380 (salário mínimo vigente).
*13ª cesta-alimentação.
* Auxílio-creche/babá de R$ 380 (salário mínimo vigente).
* Auxílio-educação para todos
* Remuneração Variável - Está é a primeira vez que os bancários apresentam essa reivindicação. O objetivo é regrar o pagamento e acabar com a cobrança abusiva de metas. Assim, os bancários querem uma remuneração complementar de 10% do total das vendas de produtos feitas em cada unidade, distribuído de forma linear para todos. E 5% da arrecadação com prestação de serviços distribuídos trimestralmente de forma linear a todos os bancários de cada instituição, inclusive aos afastados por licença-saúde.

Dados da Categoria - Os bancários são uma das poucas categorias no país que possuem um acordo coletivo de trabalho com validade nacional. Todos os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. A categoria conta com 420 mil bancários, sendo 114 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

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