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A abordagem realizada em plantão no aeroporto de Brasília, nesta terça-feira, dia 25 de setembro, abre a séria de atividades programadas para está semana na capital federal em defesa do emprego.
"Regras de proteção ao emprego já estão mais avançadas nos países europeus. Essa prática já deveria ser uma realidade em nosso país e evitaria que os trabalhadores não ficassem tão desprotegidos, ainda mais nos casos de fusões bilionárias", disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
A Comissão de Organização dos Empregados do Real ABN (COE) entregou ainda um documento denúncia no Ponto de Contato Nacional (PCN). O órgão, com sede no Ministério da Fazenda, tem como função monitorar o cumprimento do manual de conduta baseado nas diretrizes para empresas multinacionais da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Entre os assuntos abordados no manual estão desde organização sindical e relações trabalhistas a temas ligados ao meio ambiente à corrupção.
Uma comissão de trabalhadores também se reuniu com Paul Singer, secretário Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho para falar sobre as necessidades de defesa do emprego em processos de fusões entre empresas lucrativas.
Os bancários estão coletando adesões ao abaixo-assinado a ser entregue ao Congresso Nacional pela criação de uma lei com regras que evitem as demissões nas fusões de empresas e outro a ser entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo o julgamento da constitucionalidade da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que proíbe demissões imotivadas.
Próximas atividades - Os bancários farão nesta quarta-feira, 26 de setembro, um ato em frente ao Congresso Nacional a partir das 9h, com objetivo de demonstrar que demissão tem cara e interfere na vida do trabalhador e de seus familiares. Serão pendurados em varais 19 mil cartazes, numa alusão ao número de trabalhadores que pode ser atingido pela fusão entre ABN e Santander em todo o mundo.
No dia seguinte, 27, será realizada audiência pública com representantes dos dois bancos para discutir as repercussões da fusão na economia, na relação com consumidores e com bancários. Serão realizadas visitas e atividades no Banco Central, Ministério da Fazenda e no Ministério do Trabalho.