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Bancários e Fenaban retomam, nesta quinta, 13, negociações sobre reivindicações econômicas

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As reivindicações econômicas voltam à mesa de negociação nesta quinta-feira, 13 de setembro, entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A reunião terá início às 10h, no L`Hotel, Alameda Campinas, 266 - sala Capri.

As discussões retomam às da última rodada, realizada no dia 5 de setembro, quando os banqueiros pediram um tempo para estudar os temas e preparar formulações. Na ocasião, os bancários fundamentaram as condições que os bancos têm de atender à reivindicação de aumento real de salário. Ficou definido que o modelo para o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) seguirá regras simplificadas. Os bancários também defenderam que os programas próprios de remuneração dos bancos não devem ser descontados do pagamento da PLR. Os trabalhadores insistiram na necessidade de ampliação do valor dos pisos e que um Plano de Cargos e Salários (PCS) seja criado a partir desses novos patamares.

"Os trabalhadores querem muito mais do que discutir reajuste salarial. Nós queremos discutir a remuneração total dos bancários. Os bancos não podem mais definir unilateralmente quanto os bancários vão ganhar de salário, de piso, de remuneração variável. As remunerações devem favorecer a todos os trabalhadores”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Bloco 3: Emprego – Não está descartada a possibilidade de as negociações prosseguirem também na sexta-feira, 14. O novo modelo de negociação proposto pelos bancários e aceito pela Fenaban, prevê discussões por bloco. Assim que encerrarem as negociações econômicas, a segunda da série de quatro, está previsto o início imediato das discussões do bloco seguinte, que trata de reivindicações pela defesa do emprego, como cumprimento da jornada e garantias contra a dispensa imotivada.

“Queremos duas frentes: a defesa do emprego por meio da aplicação da Convenção 158 da OIT – que proíbe a dispensa imotivada – e também a ampliação dos postos de trabalho. As reivindicações são fundamentais tanto para garantir condições dignas de trabalho aos bancários, que são sobrecarregados, como para melhoria do atendimento aos clientes”, destacou Marcolino.

Levantamento divulgado, nesta terça-feira,11, pela Federação dos Bancos, reforça que a reivindicação dos bancários precisa ser atendida. Enquanto o número de transações bancárias aumentou 70% entre 2002 e 2006, a contratação de bancários no período foi quatro vezes menor, 15%. No estudo, os bancos destacam que se comparado a 2000, o número total de operações cresceu 85,6%, mas não revelou que o número de bancários cresceu apenas 6,2%, passando de 400.854 para 424.993 empregados.

Reivindicações Econômicas
* Reajuste salarial de 10,3%, que prevê aumento real de 5,5%. Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de dois salários mais valor adicional de R$ 3.500.
* Piso salarial de R$ 1.628,24 (salário mínimo definido pelo Dieese).
* Plano de Cargos e Salários em todos os bancos.
* 14º salário.
* Cesta-alimentação de R$ 380 (salário mínimo vigente).
*13ª cesta-alimentação.
* Auxílio-creche/babá de R$ 380 (salário mínimo vigente).
* Auxílio-educação para todos
* Remuneração Variável - Está é a primeira vez que os bancários apresentam essa reivindicação. O objetivo é regrar o pagamento e acabar com a cobrança abusiva de metas. Assim, os bancários querem uma remuneração complementar de 10% do total das vendas de produtos feitas em cada unidade, distribuído de forma linear para todos. E 5% da arrecadação com prestação de serviços distribuídos trimestralmente de forma linear a todos os bancários de cada instituição, inclusive aos afastados por licença-saúde.

Reivindicações Emprego:
* Garantias contra a dispensa imotivada (OIT 158).
* Fim das terceirizações.
* Ampliação do horário de atendimento dos bancos, para das 9h às 17h e aplicação de turnos de trabalho.

Passeata – Dentro das atividades da Campanha Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro 2007, os bancários realizam uma passeata pelas ruas do centro de São Paulo, na próxima quarta-feira, 19 de setembro, a partir da 19h.

Próxima negociação - O quarto e último bloco, que inclui cláusulas renováveis do Contrato Coletivo de Trabalho (CCT), será apreciado no dia 20 de setembro.

Dados da Categoria - Os bancários são uma das poucas categorias no país que possuem um acordo coletivo de trabalho com validade nacional. Todos os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. A categoria conta com 420 mil bancários, sendo 114 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo Osasco e Região.

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