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Crédito Rural - Há muito que se avançar para facilitar e ampliar o acesso ao crédito rural. As operações desse tipo representam apenas 7,62% do total de crédito concedido no país, em dezembro de 2006. A parcela é ainda muita pequena. E tem espaço de sobra para crescer. Há dois tipos de recursos destinados ao desenvolvimento agrícola praticados no Brasil, o direcionado, com regras e taxas estabelecidas pelo governo federal, e o livre, em que os bancos determinam seus valores.
Dados do Banco Central revelam que dos R$ 732 trilhões, estoque de empréstimo de dezembro passado, apenas R$ 55 bilhões foram destinados ao produtor rural. O montante concedido ainda é muito tímido, mas só foi possível graças aos programas de linha de crédito direcionados. Uma parcela praticamente inexpressiva, já que apenas R$ 1,4 bilhões, foi formalizado via crédito livre.
"Para haver um salto na concessão do crédito agrícola é necessário maior flexibilização nas exigências para a concessão, além da ampliação dos recursos disponíveis", disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
Os recursos emprestados por meio dos créditos direcionados não são maiores porque os bancos fogem as regras de olho nos créditos de pessoas físicas, já que neste item eles mesmos determinam o mercado: preço elevado e prazos reduzidos.
"Os bancos que se dizem tão preocupados com o desenvolvimento e crescimento saudável do país, deveriam fomentar o crédito rural, que muito mais do que financiamento para compras individuais é investimento à produção, e em boa parte de caráter familiar", destacou Marcolino.
Tarifas Bancárias - Bancários sobrecarregados e clientes descontentes com o atendimento nas agências. Depois de o Banco Central anunciar que as queixas sobre atendimento puxaram o aumento das reclamações contra bancos, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou na semana passada, um estudo sobre tarifas bancárias. Os bancos alegam que o aumento da arrecadação de tarifas é fruto da diversidade de serviços prestados e da ampliação do crédito e apontam como prova disso a elevação do número de transações bancárias que passaram de 21,6 bilhões para 36,6 bilhões entre 2002 e 2006.
A alta de 69,7% no período é quatro vezes maior do que a ampliação do número de funcionários que ficou em 15%, o que demonstra a razão do descontentamento dos clientes em relação ao atendimento nos bancos. No levantamento, a Febraban destaca que se comparado a 2000, o número total de operações cresceu 85,6%, mas não revelou que o número de bancários cresceu apenas 6,2%, passando de 400.854 para 424.993 empregados.
Taxa de Juros - Entre fevereiro de 2003 e setembro desde ano a taxa básica de juros (Selic) caiu 57,55%, passando de 26,5 pontos percentuais para 11,25 pontos percentuais. Mais infelizmente essa redução passou longe dos clientes bancários.
"É importante que a taxa Selic continue caindo, mas essa queda tem de impactar na outra ponto, a do consumidor. O sistema financeiro tem condições de repassar essa redução a população", disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato.