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A Federação dos Bancos (Fenaban) voltou atrás sobre a simplificação do modelo de pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e limita-se a indicar o repasse do reajuste salarial à PLR, sendo que só no primeiro semestre desse ano, os bancos registram em média 20% de crescimento dos lucros.
“Isso é inaceitável. Os banqueiros estão empurrando os bancários da mesa de negociação para a greve”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
Após a negociação, o Comando Nacional dos Bancários reúne-se e definiu um Calendário Nacional que prevê uma plenária nacional, no dia 25 de setembro. No dia seguinte, 27 cada sindicato realizará em suas bases uma assembléia para deliberar sobre a realização de paralisação de 24 horas no dia 28 de setembro.
Projeto de lei contra demissão em processos de fusões - Os Bancários do Real ABN e do Santander promoveram nesta quinta-feira, 20, em frente à matriz do banco holandês, na Paulista, o Dia Nacional de Luta em defesa do emprego, uma das reivindicações da Campanha Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro.
Eles recolheram adesões ao abaixo-assinado pela criação de um projeto de lei que proíba demissões em processos de fusões em empresa multinacionais altamente lucrativas e pela ratificação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) – que proíbe dispensas imotivadas. A idéia é entregar o documento a deputados e senadores em Brasília na próxima semana.
Uma série de jornais deu como certa, essa semana, a venda do ABN Amro (conglomerado que engloba o Real) para o consórcio formado pelo Royal Bank of Scotland (RBS); Fortis, da Bélgica, e o espanhol Santander. Recentemente, o consórcio declarou que se a fusão fosse concretizada mais de 19 mil postos de trabalho seriam extintos em todo o mundo. No total, Santander e Real ABN mantêm mais de 54 mil empregos no Brasil. A sobreposição de postos de trabalho no país pode gerar mais de 15 mil demissões, levando em conta as matrizes, centros administrativos e call centers.
Reivindicações Econômicas
* Reajuste salarial de 10,3%, que prevê aumento real de 5,5%. Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de dois salários mais valor adicional de R$ 3.500.
* Piso salarial de R$ 1.628,24 (salário mínimo definido pelo Dieese).
* Plano de Cargos e Salários em todos os bancos.
* 14º salário.
* Cesta-alimentação de R$ 380 (salário mínimo vigente).
*13ª cesta-alimentação.
* Auxílio-creche/babá de R$ 380 (salário mínimo vigente).
* Auxílio-educação para todos
* Remuneração Variável - Está é a primeira vez que os bancários apresentam essa reivindicação. O objetivo é regrar o pagamento e acabar com a cobrança abusiva de metas. Assim, os bancários querem uma remuneração complementar de 10% do total das vendas de produtos feitas em cada unidade, distribuído de forma linear para todos. E 5% da arrecadação com prestação de serviços distribuídos trimestralmente de forma linear a todos os bancários de cada instituição, inclusive aos afastados por licença-saúde.
Dados da Categoria - Os bancários são uma das poucas categorias no país que possui um acordo coletivo de trabalho com validade nacional. Todos os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. A categoria conta com 420 mil bancários, sendo 114 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.