O Comando Nacional dos Bancários e a federação dos bancos (Fenaban) voltam à mesa de negociação nesta quarta-feira, 16 de setembro, quando serão discutidas as reivindicações econômicas. A programação prevê que as discussões comecem com o grupo de trabalho bipartite para debater exclusivamente o modelo de Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A PLR reivindicada é de três salários mais valor fixo de R$ 3.500, sem teto, nem limitador.
Os bancários também querem aumento de 13,23% (inflação mais aumento real de 5%), vale alimentação e auxílio-creche de R$ 415; e vale-refeição de R$ 17,50 por dia.
Nas negociações de hoje, 16, os banqueiros disseram não às reivindicações de emprego. Os bancos vieram despreparados para negociar e ainda jogaram a responsabilidade para o trabalhador, alegando que não se trata de uma questão coletiva e sim individual. O emprego é um das principais preocupações dos bancários, em especial os que enfrentam processo de fusão.
O não também foi dito a ampliação do auxílio-educação para os trabalhadores de todos os bancos, à extensão da licença-maternidade para seis meses e a questões de saúde. Os banqueiros ainda propuseram reduzir direitos dos trabalhadores em relação ao vale-transporte, auxílio-creche e na aposentadoria.
“Se as discussões não avançarem na mesa de negociação, os banqueiros irão empurrar os bancários à greve. É inadmissível que o setor financeiro, que soma ganhos em lucro, rentabilidade, PIB, ativos e crédito se recuse a atender às reivindicações dos trabalhadores. Esses resultados são uma prova de o quanto dos bancários trabalharam”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. “Os bancários querem condições de trabalho e aumento real de salários”, destacou.
Os protestos culminam em um grande Dia Nacional de Luta, em 25 de setembro, quando bancários de todo o país realizarão atos para cobrar dos bancos que negociem com seriedade para resolver a campanha.
Linha fina
Nas discussões de hoje, Fenaban disse não para tudo e ainda propôs a retirada de direitos. Trabalhadores já discutem calendário de mobilização
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