Apesar de a negociação para discutir as reivindicações econômicas ter começado hoje, a federação dos bancos (Fenaban) não apresentou nenhuma proposta e disse que só irá se pronunciar sobre reajuste salarial, pisos, verbas salariais (vale-refeição e vale-alimentação) e Participação nos Lucros e Resultados (PLR) na reunião do dia 24 de setembro.
A postura dos bancos nesta quarta-feira, 17, 6ª rodada de negociação foi a mesma: não para tudo ou ausência de proposta.
Os banqueiros se negaram a reconhecer que existe imposição de metas abusivas nas instituições financeiras, mas que se houver problemas desse tipo, o assunto seria encaminhado a apuração de denúncia no grupo permanente de combate ao assédio moral a ser criado por bancários e banqueiros no final das negociações. Nas primeiras negociações ficou estabelecido a implementação de uma política de combate ao assédio moral, reivindicado pelos bancários.
Os banqueiros também se recusaram a discutir a criação de um Plano de Cargos e Salários (PCS) e insistem em manter critérios de promoção unilaterais.
“Chegar à mesa de negociação sem proposta, com não às reivindicações ou até propondo a redução de direitos indica um desrespeito aos bancários. Os banqueiros estão desprezando a mesa de negociação e empurrando a categoria para a greve”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
A reposta da categoria será a mobilização, que já tem calendário definido. Entre os dias 22 e 29 de setembro serão realizadas manifestações em todo o país, sendo que 25 será o Dia Nacional de Luta. Após essa data serão realizadas assembléias no país para decidir sobre realização de greve por tempo indeterminado.
Os bancários reivindicam aumento de 13,23% (inflação mais aumento real de 5%), vale alimentação e auxílio-creche de R$ 415; e vale-refeição de R$ 17,50 por dia. A PLR reivindicada é de três salários mais valor fixo de R$ 3.500, sem teto, nem limitador.
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