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Os trabalhadores protestam diante do resultado da última rodada de negociação, realizada na quarta, 24, quando o Comando Nacional dos Bancários rejeitou a proposta apresentada pela federação dos bancos (Fenaban) que não atendia as reivindicações dos trabalhadores. Os banqueiros indicaram reajuste de 7,5% para os salários, pisos e demais verbas, como vale-refeição, alimentação, auxílio-creche/babá. Os trabalhadores consideram o valor insuficiente já que a inflação ficou em 7,15% no período entre setembro de 2007 e agosto de 2008 (de acordo com o INPC). A categoria quer 5% de aumento real nos salários, vale alimentação e auxílio-creche de R$ 415; e vale-refeição de R$ 17,50 por dia.
Apesar de contabilizarem excelentes resultados, os bancos querem pagar Participação nos Lucros e Resultado (PLR) menor aos bancários: a regra básica corrigida em 7,5% (80% do salário, acrescido de valor fixo de R$ 943,85), e valor adicional de acordo com a variação do crescimento do lucro líquido de cada banco. Entretanto, essa variação foi bem menos este ano, o que reduzirá ou anulará o valor adicional a ser pago. Os bancários querem PLR de três salários mais valor fixo de R$ 3.500.
“Nossa mobilização é para deixar bem claro aos banqueiros que os trabalhadores querem aumento de salários e que não aceitam PLR inferior à do ano passado”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato.
Pisos – Os banqueiros não apresentaram proposta para a valorização dos pisos. Os bancários querem aumento progressivo, em três anos, até atingir o piso do Dieese, estimado em R$ 2.074, sendo incorporado 50% da diferença entre o piso da categoria (R$ 921,49) e o piso do Dieese neste ano, 25%, em 2009, e outros, 25% em 2010. Desta forma, neste ano, o piso da categoria passaria a valer R$ 1.497,75 para escriturários, R$ 1.947,07 para caixas e tesoureiros, R$ 2.321,50 para primeiro comissionado, e R$ 3.369,93 para gerente.
Assembléia – Os trabalhadores realizam assembléia na Quadra dos Bancários (Rua Tabantingüera, 192, Sé) na segunda-feira, 29, para deliberar sobre greve de 24 horas no dia 30 de setembro. “Estamos dando nosso recado aos bancos. Essa proposta é insuficiente, eles podem pagar aumento real e PLR maiores”, completa Marcolino.