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"Os banqueiros que empurraram os trabalhadores à greve, têm condições, à frente de um dos setores mais lucrativos do país, de apresentar uma proposta que corresponda às reivindicações da categoria. O fim da greve está nas mãos dos banqueiros” diz o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino, integrante do Comando Nacional dos Bancários. “A categoria quer aumento real de salários, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) maior e mais justa, proteção ao emprego nos casos de fusão e o combate ao assédio moral e às metas abusivas", destacou.
Assembleia – Os bancários realizam nova assembleia nesta quinta-feira 1º, às 17h, na quadra da categoria (Rua Tabatinguera, 192 – Sé) para decidir os rumos do movimento.
Negociação BB – Em negociação com o Comando Nacional dos Bancários, a direção do Banco do Brasil apresentou proposta que prevê a contratação de três mil bancários, ampliando os postos de trabalho; manutenção da regra da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), que no BB é composta pela regra básica da PLR da categoria, acrescida de um percentual do lucro líquido do banco; criação de um comitê de ética eleito pelo trabalhador para combater o assédio moral e desvios de conduta; divulgação de cartilha de combate ao assédio moral.
"Estamos em greve não apenas por aumento de salários, mas também por melhores condições de trabalho. A proposta mostra que há um caminho na mesa de negociação para se chegar a um acordo, mas é preciso aumentar ainda mais o numero de contratações nas agências bancarias”, ressaltou Marcolino.
Ato – Os trabalhadores terceirizados que prestam serviços para o Bradesco e o Santander farão ato na Avenida Paulista, nesta quinta 1º, a partir das 12h, em frente ao Bradesco Prime e a matriz do Real, instituição adquirida pelo Santander (próximo à estação Trianon do Metrô). Os trabalhadores que fazem serviço de bancário estão em greve para cobrar que os bancos Bradesco e Santander exijam da Fidellity, empresa terceirizada, que cumpra acordo que previa o aumento do valor do vale-alimentação desde maio deste ano.
Balanço - Nesta quarta-feira 30, sétimo dia de greve, 38.950 bancários foram abrangidos pela paralisação em 770 locais de trabalho. Além das agências, ficaram fechados os prédios administrativos da Nossa Caixa (Rua do Tesouro, XV de Novembro, Líbero e Álvares Penteado e Praça da República), Unibanco (Patriarca, Boa Vista e ITM) Banco do Brasil (Complexo São João, Verbo Divino, Compe e Gecex III), Caixa Econômica Federal (São Joaquim, Brás e Sé), Bradesco (Telebanco Nova Central) e nas terceirizadas Fidellity e Aymoré Financeira.
Reivindicações - A categoria reivindica 10% de reajuste salarial (sendo 5% de aumento real), Participação nos Lucros e Resultados (PLR) composta pelo pagamento de três salários, acrescidos de valor fixo de R$ 3.850. Os trabalhadores também querem a inclusão na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de uma cláusula de proteção ao emprego em caso de fusão. Os bancários exigem ainda o fim do assédio moral e das metas abusivas, práticas que provocam o adoecimento dos trabalhadores.
Dados da categoria – Os bancários são uma das poucas categorias no país que possuem acordo coletivo de trabalho com validade nacional. Todos os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. A categoria conta com 465 mil bancários no país, sendo 134 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.