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Campanha Salarial: Bancários e Fenaban definem calendário de negociação e direitos das gestantes

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Os bancários saíram da primeira rodada de negociação nesta terça-feira 18 com um calendário de negociações definido. O próximo debate entre o Comando Nacional dos Bancários e a federação dos bancos (Fenaban) será em 27 de agosto e vai tratar da questão do emprego. No dia 2 de setembro serão negociadas as questões de remuneração – como índice e PLR – e demais cláusulas econômicas. Mais uma rodada ficou marcada para 9 de setembro, com o objetivo de discutir as cláusulas sociais e de saúde.

“Foi importante sair com um calendário definido”, avalia Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e integrante do Comando. “Avisamos que estamos trabalhando por uma campanha rápida e precisa. Temos o acúmulo de várias reuniões realizadas anteriormente, sobre a PLR, e no ano passado, sobre o assédio moral, ou seja, temos que partir para o processo de conclusão desses temas.”

PLR – Marcolino relata que os representantes da Fenaban concordaram que esse acúmulo realmente existe. Sobre a PLR, por exemplo, informaram que as propostas apresentadas pelos dirigentes sindicais para alteração do modelo (três salários mais R$ 3.850 ou a atual regra básica mais o percentual de um dos indicadores do banco como lucro bruto ou receita de intermediação financeira) já foram remetidas à apreciação dos banqueiros. “Os negociadores da Fenaban ficaram de dar uma resposta: se pretendem negociar a alteração do modelo ou manter o formato atual. De qualquer forma, já sabem que os bancários não querem que a PLR seja baseada no crescimento do lucro, mas em um percentual do resultado global dos bancos. Isso é muito mais justo e perene”, diz Marcolino, ressaltando que as fusões transformaram a base de lucro de muitos bancos e isso tem rebaixado o valor da PLR e do adicional.

Gripe – Os dirigentes bancários também conseguiram a garantia de que as funcionárias gestantes afastadas em função da Gripe A H1N1 não sofrerão descontos em remuneração, vales refeição, alimentação ou transporte, ou qualquer impacto sobre o período de licença-maternidade. Trata-se de um afastamento preventivo.
Quanto ao número de clientes dentro das agências, a Fenaban informou que está seguindo as determinações locais das autoridades de saúde de cada região ou de ações judiciais. No final do mês de agosto, a federação dos bancos fará uma avaliação para analisar o número de casos, quando voltará a conversar com os representantes dos trabalhadores. “Segundo a Fenaban, a expectativa é que a quantidade de bancários atingidos pela doença caia ao longo do mês”, afirma Marcolino.
 
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