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Fenaban marca negociação com os bancários, no sexto dia de greve

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No sexto dia de greve dos bancários por tempo indeterminado, a federação dos bancos (Fenaban) marcou para quinta-feira 1º de outubro, às 10h, uma nova rodada de negociação com os trabalhadores. A reunião será no Maksoud Plaza (Alameda Campinas, 150). Os representantes dos bancários haviam enviado à Fenaban uma ofício cobrando a retomada das negociações.

"O fim da greve está nas mãos da Fenaban. Os bancários só foram à greve, último recurso dos trabalhadores, depois de rejeitar uma proposta rebaixada dos banqueiros. A categoria, que atua em um dos setores mais lucrativos do país, quer aumento real de salários, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) maior e mais justa, proteção ao emprego nos casos de fusão e o combate ao assédio moral e às metas abusivas", diz o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino, integrante do Comando Nacional dos Bancários que negocia com a Fenaban.

Greve – Os bancários chegam nesta quarta-feira 30 ao sétimo dia de greve, com assembleia às 17 na quadra da categoria (Rua Tabatinguera, 192 – Sé) para decidir os rumos do movimento.

Balanço - Nesta terça-feira 29, sexto dia de greve, 36 mil bancários foram abrangidos pela paralisação em 797 locais de trabalho. Além das agências, ficaram fechados os prédios administrativos da Nossa Caixa (Rua do Tesouro, XV de Novembro, Líbero e Álvares Penteado), Unibanco (Patriarca e Boa Vista) Banco do Brasil (Complexo São João, Verbo Divino, Compe e Gecex III), Caixa Econômica Federal (São Joaquim, Brás e Sé) nas terceirizadas Fidellity e Aymoré Financeira. No Bradesco Alphaville, onde funciona a área de sistemas do banco, novamente a paralisação se estendeu até 9h30. Já o Centro Administrativo São Paulo (Casp) do HSBC os trabalhos foram retomados às 10h.

Reivindicações - A categoria reivindica 10% de reajuste salarial (sendo 5% de aumento real), Participação nos Lucros e Resultados (PLR) composta pelo pagamento de três salários, acrescidos de valor fixo de R$ 3.850. Os trabalhadores também querem a inclusão na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de uma cláusula de proteção ao emprego em caso de fusão. Os bancários exigem ainda o fim do assédio moral e das metas abusivas, práticas que provocam o adoecimento dos trabalhadores.

Dados da categoria – Os bancários são uma das poucas categorias no país que possuem acordo coletivo de trabalho com validade nacional. Todos os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. A categoria conta com 465 mil bancários no país, sendo 134 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
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