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“Os bancários entraram em greve após rejeitar proposta rebaixada da Fenaban. A paralisação tem como objetivo provocar a retomada das negociações com proposta dos banqueiros, que corresponda às reivindicações dos trabalhadores que ajudaram a construir o resultado de um dos setores mais lucrativos do país”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e membro do Comando Nacional dos Bancários.
Assembleia - Os bancários de São Paulo, Osasco e região realizam assembleia nesta segunda 28, a partir das 17h, na quadra da categoria (Rua Tabatinguera, 192 – Sé) para avaliar a mobilização e decidir os rumos do movimento.
Reivindicações - A categoria reivindica 10% de reajuste salarial (sendo 5% de aumento real), Participação nos Lucros e Resultados (PLR) composta pelo pagamento de três salários, acrescidos de valor fixo de R$ 3.850. Os trabalhadores também querem a inclusão na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de uma cláusula de proteção ao emprego em caso de fusão. Os bancários exigem ainda o fim do assédio moral e das metas abusivas, práticas que provocam o adoecimento dos trabalhadores.
Dados da categoria – Os bancários são uma das poucas categorias no país que possuem acordo coletivo de trabalho com validade nacional. Todos os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. A categoria conta com 465 mil bancários no país, sendo 134 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
Veja a íntegra da carta enviada pelo Comando Nacional à Fenaban:
São Paulo, 26 de setembro de 2009
Ao Sr. Magnus Apostólico
Superintendente de Relações do Trabalho da Fenaban
Considerando que ainda não recebemos resposta ao ofício que encaminhamos a V.Sa. no dia 18 de setembro manifestando o posicionamento do Comando Nacional dos Bancários de rejeitar a proposta apresentada pela Fenaban no dia anterior e solicitando uma nova proposição para que pudéssemos avançar nas negociações;
Considerando que as assembléias gerais da categoria em todo o país ratificaram a posição do Comando Nacional de rejeitar a proposta por considerá-la insuficiente, decidindo deflagrar a greve por tempo indeterminado;
Considerando que V.Sa. tem afirmado pela imprensa estar preocupado com a "falta de negociação" e que o Comando "tem de dizer o que tem de melhorar";
O Comando Nacional dos Bancários, reunido em São Paulo na tarde deste sábado, 26 de setembro, reafirma que a proposta para atender às necessidades dos trabalhadores precisa contemplar aumento real de salário, melhoria da PLR, valorização dos pisos salariais, uma política de preservação dos empregos e mais contratações, melhores condições de saúde, segurança e trabalho, combate às metas abusivas e ao assédio moral, auxílio-educação e plano de previdência complementar para todos.
Diante do exposto, o Comando Nacional dos Bancários se coloca à disposição desta entidade patronal para retomar as negociações a partir desta terça-feira, 29 de setembro, e aguardamos sua manifestação.
Atenciosamente,
Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT
Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região