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A categoria já se prepara para o Dia Nacional de Luta a ser realizado no próximo dia 21, com o objetivo de ampliar a mobilização. Uma assembléia está marcada para 28 de setembro, quando os trabalhadores apreciarão a proposta e decidirão os próximos passos da Campanha Unificada 2010.
Os bancários querem aumento real de 5%, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 4 mil; vale-refeição, vale-alimentação e auxílio-creche no valor de um salário mínimo (R$ 510), aumento do piso para o valor do salário mínimo do Dieese (R$ 2.157,88); auxílio-educação e Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) para todos, além de melhores condições de saúde.
“Os banqueiros não podem mais desperdiçar a oportunidade de apresentar uma proposta global à categoria, que inclua resposta às reivindicações sobre saúde, segurança , emprego e remuneração. Os bancários, além do aumento real de salários, querem condições de trabalho. A categoria não suporta mais o adoecimento motivado pelo ritmo alucinante de trabalho e a pressão das metas abusivas e do assédio moral”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários, Osasco e Região e integrante do Comando Nacional dos Bancários.
Recusa - O não para tudo dos banqueiros se repetiu em todas as rodadas sobre reivindicações de saúde,emprego e segurança, que teve poucos avanços. E nesta quinta, 16, sobre remuneração, a resposta não foi diferente, quando a Fenaban alegou que os bancos não têm resultados excepcionais e que só iriam apresentar proposta dia 22.
“Os bancários querem que a remuneração dos trabalhadores seja valorizada da mesma forma que o lucro e a rentabilidade dos bancos, que se mantêm com crescimentos excepcionais. Com rentabilidade anual que em alguns casos chega a 28%, a cada quatro anos as instituições financeiras dobram de tamanho, ou seja, têm a possibilidade de comprar um outro banco”, destacou Juvandia.
Prática antissindical – O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região repudia as práticas antissindicais dos bancos de tentar reprimir os bancários de participarem de uma possível greve. Há denúncias de que os trabalhadores já estão sendo obrigados a entrarem de madrugada para evitar uma suposta paralisação. Outras denúncias dão conta de mudança temporária de local de trabalho, para prédios isolados, também para “furar” uma suposta greve.
“Agindo dessa forma, os bancos estão apostando na greve ao invés de privilegiarem a mesa de negociação”, destacou Juvandia Moreira.
Confira os principais itens da pauta de reivindicação
• Reajuste Salarial – 5% de aumento real, além da reposição da inflação
• PLR – três salários mais R$ 4 mil
• Piso – Salário mínimo do Dieese (R$ 2.157,88)
• Vales Alimentação e Refeição – Salário Mínimo Nacional (R$ 510)
• PCCS – Para todos os bancários
• Auxílio-educação – pagamento para graduação e pós
• Emprego – Ampliação das contratações, combate às terceirizações, aprovação da Convenção 158 da OIT (contra demissões imotivadas)
• Cumprimento da jornada de 6 horas
• Fim das metas abusivas
• Fim do assédio moral
• Mais segurança nas agências bancárias
• Previdência complementar para todos os trabalhadores
• Contratação da remuneração total
• Igualdade de oportunidades
Dados da Categoria - Os bancários são uma das poucas categorias no país que possui Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. São 460 mil bancários no Brasil, sendo 130 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. A data-base da categoria é 1º de setembro.