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Bancos ignoram reivindicações dos bancários e dizem não a reivindicações de emprego

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Apesar da necessidade de mais bancários nas agências e departamentos bancários, da rotatividade para substituição de bancários com maiores salários – com diferença salarial média de 38% entre os que entram e os que saem - e do adoecimento dos bancários, termina sem avanços, rodada de negociação sobe emprego, realizada nesta quarta e quinta feiras, 8 e 9 de setembro, entre o Comando Nacional dos Bancários e a federação dos bancos (Fenaban).

Foram dois dias de debates, em que os representantes dos bancários levaram propostas para melhorar as condições de trabalho nos bancos, que disseram não às contratações, ao fim da terceirização e das dispensas imotivadas num dos setores mais lucrativos do país.

“Melhorar as condições de trabalho em uma categoria que adoece por conta do ritmo intenso de trabalho, passa por mais contratações. E os bancos têm a obrigação de gerar mais empregos, melhorar o atendimento e às condições de saúde e segurança dos funcionários”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo Paulo Osasco e Região ao lembrar que Os bancos geraram somente 0,61% dos postos criados no país no primeiro semestre.

Dados - O número de funcionários em uma agência bancária em 1990 era em média de 33 e passou para 24 em 2008. Em 1993 cada bancário era responsável por 67 contas correntes, no final do anos 2000 cada um cuidava de 274 contas. Uma variação de mais de 300%. “Todos os resultados indicam crescimento de operações financeiras, a exemplo das operações de crédito que cresceram em média 29%. Menos bancários, trabalhando cada vez mais. O aumento do trabalho bancário é visível, bem como da necessidade de mais contratações”, ressaltou Juvandia Moreira.

Na década de 80 existia mais de um milhão de bancários em todo o Brasil. De lá pra cá, as fusões, as terceirizações e a informatização reduziu este número pela metade e hoje cerca de 460 mil pessoas são consideradas bancárias, sendo que 130 mil atuam em São Paulo, Osasco e Região.

Dia Nacional de Luta – Os bancários realizam na próxima terça-feira, 14 de setembro, o Dia Nacional de Luta da Campanha Nacional Unificada 2010.
Próxima negociação – Dando continuidade ao calendário de negociações, o Comando Nacional dos Bancários e a federação dos bancos (Fenaban) reúnem-se, nos dias 15 e 16 de setembro, para discutir as reivindicações econômicas da Campanha Nacional Unificada 2010.

Confira os principais itens da pauta de reivindicação
• Reajuste Salarial –11%
• PLR – três salários mais R$ 4 mil
• Piso – Salário mínimo do Dieese (R$ 2.157,88)
• Vales Alimentação e Refeição – Salário Mínimo Nacional (R$ 510)
• PCCS – Para todos os bancários
• Auxílio-educação – pagamento para graduação e pós.
• Emprego – Ampliação das contratações, combate às terceirizações, aprovação da Convenção 158 da OIT (contra demissões imotivadas)
• Cumprimento da jornada de 6 horas
• Fim das metas abusivas
• Fim do assédio moral
• Mais segurança nas agências bancárias
• Previdência complementar para todos os trabalhadores
• Contratação da remuneração total
• Igualdade de oportunidades
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