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Os atos envolveram cerca de 11 mil bancários do Centro Técnico Operacional (CTO) do Itaú Unibanco; Centro Administrativo São Paulo (Casp) do HSBC; Centro Administrativo Santander (Casa 1); Bradesco Núcleo Alphaville; Agência Paulista e outras quatro unidades do Banco do Brasil, além da agência Sé da Caixa Federal.
Em todos os lugares, os funcionários atrasaram a entrada no trabalho e ouviram informes sobre o andamento da Campanha Nacional Unificada 2010. O ato foi também de protesto contra a postura dos bancos na mesa de negociação, ocorridas até agora, de dizer “não” às reivindicações da categoria. Os trabalhadores receberam ainda camisetas e fitinhas amarelas - cor que na campanha de mídia representa as reivindicações econômicas.
“Vamos entrar na quarta rodada de negociação com a Fenaban. Esta é mais uma oportunidade de os bancos pararem de dizer não e atenderem às reivindicações dos trabalhadores”, disse Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. Os atos de hoje foram um alerta de que os bancários não saem dessa campanha sem valorização salarial e melhores condições de trabalho. Se os banqueiros mantiverem a postura do não pra tudo, estarão levando os trabalhadores à greve”, destacou.
Negociação - O Dia Nacional de Luta antecede a próxima rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a federação dos bancos (Fenaban), que tem início às 15h desta quarta-feira, no Hotel Maksoud Plaza, com continuação prevista para quinta 9, a partir das 10h. Entre as principais reivindicações estão aumento real de 5%, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 4 mil; vale-refeição, vale-alimentação e auxílio-creche no valor de um salário mínimo (R$ 510), aumento do piso para o valor do salário mínimo do Dieese (R$ 2.157,88); auxílio-educação e Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) para todos.
“Todas as operações financeiras disponíveis nos balanços dos bancos, apontam crescimento. Não foi à toa que as cinco maiores instituições financeiras lucraram no Brasil, R$ 21,3 bilhões, apenas no primeiro semestre deste ano, alta de 28,12% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse resultado é uma prova do quanto os bancários trabalharam intensamente e de que os bancos têm recursos de sobra para atender às reivindicações da categoria”, disse Juvandia Moreira.
Confira os principais itens da pauta de reivindicação
• Reajuste Salarial – 5% de aumento real, além da reposição da inflação de 4,29%, medida pelo INPC para o período entre 1º de setembro de 2009 e 31 de agosto de 2010.
• PLR – três salários mais R$ 4 mil
• Piso – Salário mínimo do Dieese (R$ 2.157,88)
• Vales Alimentação e Refeição – Salário Mínimo Nacional (R$ 510)
• PCCS – Para todos os bancários
• Auxílio-educação – pagamento para graduação e pós.
• Emprego – Ampliação das contratações, combate às terceirizações, aprovação da Convenção 158 da OIT (contra demissões imotivadas)
• Cumprimento da jornada de 6 horas
• Fim das metas abusivas
• Fim do assédio moral
• Mais segurança nas agências bancárias
• Previdência complementar para todos os trabalhadores
• Contratação da remuneração total
• Igualdade de oportunidades
Dados da Categoria - Os bancários são uma das poucas categorias no país que possui Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. São 460 mil bancários no Brasil, sendo 130 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. A data-base da categoria é 1º de setembro.