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Nota à imprensa: Greve dos Bancários (balanço)

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Mais de 24 mil bancários de São Paulo, Osasco e região foram abrangidos pela greve nesta quarta-feira 29 de setembro primeiro dia de mobilização. O balanço final aponta que 598 agências bancárias e 12 centros administrativos foram paralisados.

A participação dos bancários foi expressiva apesar da tentativa da federação dos bancos (Fenaban) de impedir a adesão dos trabalhadores na mobilização. Numa clara atitude de desrespeito à Lei de Greve, os bancos estão obrigando os trabalhadores a entrar de madrugada para impedir o contato deles com os sindicatos e demais grevistas. Denúncias dos bancários, em mais de 120 mensagens enviadas ao Sindicato, relataram a pressão que sofrem. A entidade flagrou na madrugada desta quarta 29, bancários entrando de madrugada em alguns centros administrativos (imagens em anexo http://www.youtube.com/watch?v=g9m_iiaynYI).

Os bancários entraram em greve porque a federação dos bancos (Fenaban) desperdiçou a chance de resolver a campanha nacional na mesa de negociação, já que após cinco rodadas apresentaram, no último dia 22, proposta de reposição apenas da inflação (4,29%), sem aumento real de salários. Na ocasião, o Comando Nacional dos Bancários encaminhou documento ao presidente da Fenaban, Fábio Barbosa, afirmando que aguardaria nova proposta até segunda-feira 27 para que pudesse submete-la à apreciação das assembleias. A Fenaban sequer respondeu. O texto (http://www.spbancarios.com.br/noticia.asp?c=15356) ainda avisava sobre a orientação de rejeição dos termos já apresentados e da possibilidade de greve a partir do dia 29.

Mais de dois mil bancários compareceram à assembleia e por unanimidade rejeitaram a proposta rebaixada da Fenaban. Sem outra alternativa, decidiram entrar em greve. Impedir a livre manifestação dos bancários é mais um desrespeito dos bancos com os trabalhadores, da mesma forma que dizer que 11% de reajuste é inviável e exagerado, apesar de somar lucro 28% superior ao do ano passado. Respeitar os trabalhadores é valorizar a mesa de negociação, a lei de greve, a assembléia dos trabalhadores. É apresentar uma proposta que preveja aumento real de salários, PLR e pisos maiores e melhores condições de trabalho, em um banco preocupado em evitar o adoecimento epidêmico dos bancários.

Estamos abertos à negociação. O fim da greve está na mão dos banqueiros basta que apresentem uma proposta à altura das reivindicações dos bancários e do resultado dos bancos.

Nesta sexta-feira 1º de outubro uma nova assembléia organizativa será realizada e, se houver uma nova proposta da Fenaban, vamos apreciá-la.

Juvandia Moreira
Presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região
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