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Sem aumento real, bancários devem ir à greve

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Depois de cinco rodadas de negociação, a federação dos bancos (Fenaban) rejeitou, nesta terça-feira 22, 11% de reajuste salarial reivindicado pelos bancários, limitou-se em garantir a reposição da inflação (4,29%) e não apresentaram proposta de aumento real. O Comando Nacional dos Bancários reiterou as reivindicações da categoria e deu prazo até o dia 27 de setembro, véspera da assembléia, para os banqueiros apresentarem uma proposta com aumento real, valorização dos pisos e Participação nos Lucros e Resultados maior.

 “Os banqueiros desperdiçaram mais uma oportunidade de resolver a campanha na mesa de negociação. Esta postura representa um desrespeito aos bancários e os empurra à greve. Os banqueiros têm todas as condições para apresentar uma proposta digna”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. “É inadmissível que os bancos sigam na contramão de uma conjuntura econômica favorável: PIB em crescimento, elevação médio de 28% no lucro dos bancos, além de aumento real para 87% das categorias. As reivindicações dos bancários também têm de se tornar realidade, com uma proposta melhor do que a do ano passado”, ressaltou.

Assembleia – Na próxima terça-feira 28 de setembro, a partir das 19h, os bancários realizam assembléia para deliberar sobre proposta e decidirem se entram em greve. “Os bancários não saem dessa campanha sem aumento real de salários e melhores condições de saúde. Até agora não nos cabe outra alternativa que não seja indicar greve a partir do dia 29”, disse Juvandia Moreira

Reivindicações - A categoria tem data-base em 1º de setembro. A pauta de reivindicações foi entregue à Fenaban no dia 11 de agosto. Os bancários querem aumento de 11%, Participação nos Lucros e Resultados (PLR), vale-refeição, vale-alimentação, auxílio-creche e pisos maiores, além de auxílio-educação para todos e melhores condições de saúde.

Dados da Categoria - Os bancários são uma das poucas categorias no país que possui Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. São 460 mil bancários no Brasil, sendo 130 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
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