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“Os bancários que trabalham em um dos setores mais lucrativos do país querem resolver a campanha salarial na mesa de negociação, ao contrário do que vem indicando os banqueiros que na terceira rodada continuam dizendo não às reivindicações da categoria”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e membro do comando nacional.
Ela destaca que os sete maiores bancos do país acumularam R$ 26,5 bilhões de lucro líquido apenas nos primeiros seis meses do ano, crescimento de 19,98% em relação à igual período de 2010, o que demonstra que o setor bancário tem condições de atender às reivindicações da categoria.
Nova rodada – A federação dos bancos (Fenaban) se comprometeu em apresentar uma proposta na nova rodada de negociação marcada para o dia 20 de setembro com o Comando Nacional dos Bancários.“Não vamos abrir mão de aumento real de salários, valorização dos pisos, PLR maior e melhores condições de trabalho, que passa pelo combate às metas abusivas e ao assédio moral”, ressaltou Juvandia Moreira.
Reivindicações - Os bancários reivindicam reajuste salarial de 12,8% (sendo aumento real de salários de 5%), Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 4.500; valorização dos pisos, além de vales refeição e alimentação no valor de um salário mínimo (R$ 545). A categoria quer ainda Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) que garanta ascensão profissional e com critérios claros e justos, além de auxílio-educação para graduação e pós para todos os trabalhadores.
Dados da Categoria – Os bancários são uma das poucas categorias no país que possui Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. São 484 mil bancários no Brasil, sendo 135 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. A data-base da categoria é primeiro de setembro.