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Bancários consideram proposta da Fenaban insuficiente

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O Comando Nacional dos Bancários rejeitou, na mesa de negociação, a proposta apresentada, nesta terça-feira 20 de setembro, pela federação dos bancos (Fenaban) por considerá-la insuficiente.

Após quatro rodadas de negociação, a Fenaban apresentou proposta que prevê aumento salarial de 7,8%, o que praticamente só repõem a inflação, de 7,4%. “O aumento real de 0,37% é insignificante, porque está muito aquém dos 5% de reajuste acima da inflação reivindicados pela categoria, que atua em um dos setores mais lucrativos do país”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Em relação à Participação nos Lucros e Resultados (PLR), a proposta da Fenaban prevê apenas a correção de 7,8% nos valores pagos no ano passado. “Essa proposta não reflete o crescimento no lucro dos bancos, que atingiu patamares na casa de 20% superiores ao semestre passado”, disse Juvandia ao lembrar que  só no primeiro semestre deste ano, os sete maiores bancos que atuam no país somaram lucro líquido de R$ 26,5 bilhões.

Assembleia - Na próxima quinta-feira, 22 de setembro, os bancários de São Paulo, Osasco e Região reúnem-se em assembleia, partir das 19h, na Quadra (Rua Tabatinguera, 192, Sé), para decidir sobre os rumos da campanha. O Comando Nacional dos Bancários irá indicar a rejeição de proposta nas assembleias e aprovação de greve a partir do dia 27 de setembro.

Próxima negociação - Diante da rejeição dos representantes dos trabalhadores, os negociadores da federação dos bancos marcaram nova rodada de negociação para sexta-feira 23. “Os bancários devem ir para a assembleia participar da mobilização da categoria. Vamos permanecer organizados e, caso os bancos voltem no dia 23 com proposta rebaixada, iremos à greve no dia 27”, convoca Juvandia. Uma segunda assembleia será realizada no dia 26 de setembro.

Confira Proposta apresentada pela Fenaban

·  Reajuste Salarial - 7,8%, sendo 0,37% de aumento real sobre salário e demais verbas salariais

·  PLR- Participação Lucros nos e Resultados, regra Básica de 90% salário, mais parcela fixa de R$ 1.186,66, limitado a 7.741,12 ou 2,2 salários, limitado a R$ 17.030,00.

·   PLR Adicional 2 % Lucro Líquido, divido igualmente entre os bancários, limitado a R$ 2.587,00

Reivindicações - Os bancários reivindicam reajuste salarial de 12,8% (sendo aumento real de salários de 5%), maior Participação nos Lucros e Resultados; valorização dos pisos, além de vales refeição e alimentação no valor de um salário mínimo (R$ 545). A categoria quer ainda Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) que garanta ascensão profissional e com critérios claros e justos, além de auxílio-educação para graduação e pós para todos os trabalhadores.

Dados da Categoria –  Os bancários são uma das poucas categorias no país que possui Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. São 484 mil bancários no Brasil, sendo 135 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. A data-base da categoria é primeiro de setembro.
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