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Os representantes dos bancários irão indicar a rejeição da proposta apresentada pela federação dos bancos (Fenaban) e recomendar a aprovação da greve já que, após quatro rodadas de negociação, os banqueiros ofereceram apenas 0,37% de aumento real.
“A proposta é insuficiente. Está muito aquém da reivindicação da categoria que é de 5% de reajuste acima da inflação, ainda mais se tratando de um setor tão rentável quanto o financeiro”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, ao lembrar que os sete maiores bancos do país somaram lucro líquido de R$ 26,5 bilhões, crescimento de 20% só no primeiro semestre.
A proposta apresentada pelos banqueiros prevê reajuste salarial de 7,8%, mesma correção que aplicariam à Participação nos Lucros e Resultados (PLR), repondo praticamente a inflação do período, de 7,4%.
“Aumento real insuficiente, PLR distante do aumento da lucratividade dos bancos, nenhuma garantia de contrações nem melhoria nas condições de trabalho, para acabar com a pressão e o estresse impostos na cobrança de metas, tornam a proposta dos banqueiros inaceitável e leva os bancários à única alternativa, à greve”, ressalta Juvandia.
Próxima negociação - Diante da rejeição dos representantes dos trabalhadores, os negociadores da federação dos bancos marcaram nova rodada de negociação para sexta-feira 23. “Os banqueiros terão mais uma oportunidade para apresentar proposta digna à categoria e evitar a greve, a partir do dia 27”, diz Juvandia. Uma segunda assembleia será realizada no dia 26 de setembro.
Confira Proposta apresentada pela Fenaban
· Reajuste Salarial - 7,8%, sendo 0,37% de aumento real sobre salário e demais verbas salariais
· PLR- Participação Lucros nos e Resultados, regra Básica de 90% salário, mais parcela fixa de R$ 1.186,66, limitado a 7.741,12 ou 2,2 salários, limitado a R$ 17.030.
· PLR Adicional 2 % Lucro Líquido, divido igualmente entre os bancários, limitado a R$ 2.587.
Reivindicações - Os bancários reivindicam reajuste salarial de 12,8% (sendo aumento real de salários de 5%), maior Participação nos Lucros e Resultados; valorização dos pisos, além de vales refeição e alimentação no valor de um salário mínimo (R$ 545). A categoria quer ainda contratações, mais saúde e segurança.