Representantes do Comando Nacional dos Bancários e da Federação dos Bancos (Fenaban) reúnem-se nesta segunda e terça-feira, 5 e 6 de setembro, para a segunda rodada de negociação da Campanha Nacional dos Bancários 2011, quando serão discutidas as reivindicações relativas a saúde, condições de trabalho e segurança bancária. A reunião acontece a partir das 10h, no hotel Maksoud Plaza, em São Paulo.
Os bancários reivindicam o fim das metas abusivas, do assédio moral e da violência organizacional, além de mais segurança nas agências e departamentos.
“Os bancários querem trabalhar, mas sem adoecer. Por isso, exigem melhoria nas condições de trabalho e mais qualidade de vida. Os trabalhadores não suportam mais conviver com a pressão imposta pelos bancos para que alcancem metas inatingíveis”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e integrante do Comando Nacional dos Bancários.
Dentre as reivindicações de segurança, além da instalação de mais equipamentos de prevenção contra assaltos e sequestros, os trabalhadores querem a melhoria da assistência médica e psicológica às vítimas da violência e insegurança nos bancos, entre outras demandas.
Pesquisa – Enquanto 30% da população brasileira sofre com estresse, conforme dados da Universidade Federal Fluminense (UFF), entre os bancários o número mais que duplica, já que 65% queixaram-se desse mal em pesquisa realizada pelo Sindicato. Outros 42% dos consultados revelaram ter sofrido assédio moral no ambiente de trabalho. E, não menos alarmante, 84% dos trabalhadores ouvidos sentiram problemas de saúde, como cansaço, fadiga e insônia. As informações constam da pesquisa O Impacto da Organização e do Ambiente de Trabalho Bancário na Saúde Física e Mental da Categoria, lançada no dia 24 de agosto.
Reivindicações – A categoria reivindicam reajuste salarial de 12,8% (sendo aumento real de salários de 5% e reposição da inflação projetada de 7,5%), Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 4.500; valorização dos pisos, vales refeição e alimentação no valor de um salário mínimo (R$ 545).
Dados da categoria – A data-base da categoria é 1º de setembro. Os bancários são uma das poucas categorias no país com Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) de validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. São 484 mil bancários no Brasil, sendo 135 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
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