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Bancários decidem pelo fim da greve em assembleia em SP

Linha fina
Categoria conquistou aumento real de 2% (salário) e 2,95% (piso e tíquetes). Funcionários da Caixa decidiram manter paralisação
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São Paulo - Os bancários decidiram em assembleia nesta quarta-feira (26) pelo fim da greve em São Paulo, Osasco e 15 municípios da região nos bancos privados e Banco do Brasil. Somente a Caixa Econômica mantém a paralisação. A Fenaban apresentou ontem (25) ao Comando Nacional dos Bancários proposta de 7,5% (aumento real de 2%). Tíquetes e piso também tiveram mais aumento: 8,5%, o que representa aumento real de 2,95%.

O aumento real (acima da inflação) acumulado pela categoria, entre 2004 e 2012, será de 16,22% para os salários e 35,57% no piso.

“A categoria foi vitoriosa em mais uma campanha porque se manteve unida. Entregamos nossa minuta de reivindicações no dia 1º de agosto e tentamos resolver na mesa de negociação. Os bancos foram intransigentes e nos ofereceram reajuste de apenas 0,58%. Após nove dias de greve, a proposta mudou. Tivemos aumento real de salários maior que no ano passado, conseguimos manter a valorização do piso e da PLR. Os auxílios alimentação e refeição também subiram mais”, destaca a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira. “Também há avanços em questões importantes de saúde e segurança nos locais de trabalho”, completa a dirigente.

PLR – A proposta reajusta em 10% a parte fixa da PLR (de R$ 1.400 para R$ 1.540) nos bancos privados. Os 10% também reajustam o teto do valor adicional – que distribui 2% do lucro líquido de forma linear –, saindo de R$ 2.800 para R$ 3.080. Isso representa aumento de 4,37% acima da inflação na participação dos bancários nos lucros dos bancos.

A regra básica da Participação nos Lucros e Resultados será de 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.540. A regra determina ainda que devem ser distribuídos no mínimo 5% do lucro líquido. Se isso não ocorrer, os valores de PLR devem ser aumentados até chegar a 2,2 salários. A antecipação da PLR será paga em até dez dias após assinatura do acordo.

Dias parados – Os dias da greve não poderão ser descontados dos bancários. A Fenaban propõe que os dias sejam compensados até 15 de dezembro, de segunda a sexta (exceto feriados), em no máximo duas horas por dia. O que ultrapassar esse período não será considerado.

Caixa – Em assembleia, os trabalhadores da Caixa decidiram manter a greve. O banco representa 8,4% das agências da base do Sindicato. Uma assembleia acontece nesta quinta-feira, às 16h, na quadra do Sindicato, em São Paulo.

Histórico – A pauta com as reivindicações da categoria foi entregue à Fenaban no dia 1º de agosto. Nove de rodadas foram feitas com avanços nas áreas de saúde e segurança nos locais de trabalho. No dia 4, os bancos fizeram proposta de reajuste de 6% (aumento real de 0,58%), o que levou os bancários à greve a partir de 18 de setembro.

Dados - Os bancários são uma das poucas categorias no país que possui Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. São mais de 500 mil bancários no Brasil, sendo 138 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.


Cecilia Negrão
Assessora de imprensa do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região (11) 3188-5212 ou (11) 99485-4868
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