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Bancos não alteram proposta e bancários podem entrar em greve

Linha fina
Sem nova proposta dos bancos, categoria marcou assembleia para quarta-feira (12) e greve para dia 18
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São Paulo – Após um mês de negociação, não houve acordo entre a federação dos bancos (Fenaban) e o Comando Nacional dos Bancários. A categoria reivindica reajuste de 10,25% (aumento real de 5%) e os bancos propõem índice de 6% (com aumento real de 0,7%). Na quarta-feira (12) e segunda 17, os bancários realizam assembléias em todo pais para deflagrar a greve.

Em rodada de negociação, nesta terça-feira (4), em São Paulo, os bancos mostraram que, ao contrário do que afirmam, não estão dispostos a resolver a campanha na mesa de negociação. “Os bancos conhecem as reivindicações dos bancários desde 1º de agosto. Sabem que a categoria reivindica aumento real de 5% para os salários, PLR maior, valorização do piso e dos auxílios, além de mais contratações para reduzir a sobrecarga e melhorar as condições de trabalho e o fim das demissoes nos bancos privados” destaca a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira. ”Nesta terça mantiveram a proposta que já foi avaliada como insuficiente, forçando a categoria a buscar na greve a conquista dos seus direitos.”

O Comando Nacional vai enviar uma carta a Fenaban informando o calendário e reinterando sua disposicção em negociar.

Lucro – O lucro dos sete maiores bancos do país foi de R$ 25,8 bi, com aumento de 1,13% em relação ao mesmo periodo do ano passado. “Os bancos querem aumentar sua altíssima rentabilidade às custas dos ganhos dos bancários e isso não podemos admitir”, disse Juvandia.

As instituições financeiras, para aumentar o “indice de eficiência bancária”, adotam medidas de ajuste focadas na redução de pessoal, na contenção salarial e em inovações tecnológicas como forma de manter a alta rentabilidade do setor.  “A alternativa para melhorar o índice de eficiência bancária no Brasil seria ampliar as operações de crédito, ao invés de demitir trabalhadores para reduzir custos de pessoal.”

Dieese – Segundo balanço do Dieese, quase a totalidade das categorias (97%) que fecharam acordo no primeiro semestre do ano tiveram aumento real. A média de reajustes acima da inflação foi de 2,23%. Trata-se do melhor resultado das negociações salariais acompanhadas pelo DIEESE desde 1996.

A reivindicação dos trabalhadores prevê reajuste salarial de 10,25%, sendo – 5% de aumento real, além da inflação projetada de 5%. PLR de três salários mais R$ 4.961,25 e o piso com o salário mínimo do Dieese (R$ 2.416,38). Veja principais itens abaixo.

CCT – Os bancários são uma das poucas categorias no país que possuem Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com validade nacional. A data base dos bancários é 1º de setembro.

Dados da Categoria – São quase 500 mil bancários no país, sendo 138 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. Nos últimos oito anos, a categoria conseguiu aumento real - acumulado entre 2004 e 2011 - de 13, 93%: sendo 2009 (1,49%); 2010 (3,08%) e 2011 (1,50%).

PRINCIPAIS REIVINDICAÇÕES DA CATEGORIA 2012:

• Reajuste Salarial de 10,25%, sendo – 5% de aumento real, além da inflação projetada de 5%
• PLR – três salários mais R$ 4.961,25 

• Piso – Salário mínimo do Dieese (R$ 2.416,38) 

• Vales Alimentação e Refeição – Salário Mínimo Nacional (R$ 622) 

• Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) – Para todos os bancários
• Auxílio-educação – pagamento para graduação e pós 

• Emprego – Ampliação das contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, além da aprovação da convenção 158 da OIT (que inibe dispensa imotivada) 

• Cumprimento da jornada de 6 horas 

• Fim das metas abusivas e assédio moral – A categoria é submetida a uma pressão abusiva por cumprimento de metas, que tem provocado alto índice de adoecimento dos bancários 

• Mais segurança nas agências bancárias, como a instalação das portas de segurança 

• Previdência complementar para todos os trabalhadores 

• Contratação da remuneração total 

• Igualdade de oportunidades 




Cecilia Negrão
Assessora de imprensa do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região
(11) 3188-5212 ou (11) 99485-4868
 

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