São Paulo - Pressionar os parlamentares a encaminhar as pautas dos trabalhadores barradas no Congresso Nacional e garantir avanços nas negociações junto ao governo federal são os principais objetivos do Dia Nacional de Luta da CUT. A mobilização, que será realizada em conjunto com a 6ª Marcha Nacional da Educação, ocorre nesta quarta-feira 5, em Brasília, e envolve todo o conjunto da classe trabalhadora.
O presidente nacional da Central, Vagner Freitas, explicou que milhares de trabalhadores estarão mobilizados pela ratificação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) - que impede a demissão imotivada; regulamentação da Convenção 151 – que estabelece a negociação coletiva no serviço público; revogação do Decreto 7777 – que permite a substituição de servidores grevistas; defesa dos trabalhadores ameaçados pela terceirização; e pela Agenda do Trabalho Decente.
“É papel da CUT organizar diversas categorias em uma política comum para ampliar e garantir direitos. Precisamos aproveitar as campanhas salariais para pressionar que a pauta do conjunto dos trabalhadores seja colocada na ordem do dia no Congresso Nacional”, destacou o presidente, ao ressaltar as campanhas salarias em andamento neste segundo semestre, como no caso dos bancários.
De acordo com o dirigente, “a recente greve dos servidores federais demonstrou, mais uma vez, que sem pressão não há conquista”. E ressaltou: “Ao atuar com liberdade e autonomia, com a independência de partidos e governos, que é a marca da CUT, as diferentes categorias foram à luta e fizeram aparecer a proposta econômica que o governo disse que não havia.”
É desta forma, segundo Vagner, “que contribuímos para injetar recursos no mercado interno, que é chave para o desenvolvimento sustentável com distribuição de renda e valorização do trabalho, além de ser uma questão de justiça social. Esta é a melhor forma de combater a crise”.
Em relação à previdência social, o dirigente explicou que a luta pelo fim do fator previdenciário é outra pauta na luta dos trabalhadores que estará presente na mobilização. “Somos contra o aumento da idade mínima para se aposentar e contra a desoneração da folha de pagamento”, frisou.
Entre outros eixos que compõe as reivindicações da marcha estão: a luta pelos 10% do PIB para a educação, o piso do magistério e a aprovação do Plano Nacional de Educação.
Redação, com informações da CUT - 4/9/2012
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Presidente da Central diz que marcha pretende garantir avanços nas negociações com o Executivo e destravar as pautas dos trabalhadores no Legislativo
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