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Dez mil ocupam Esplanada em Dia de Luta da CUT

Linha fina
Com o lema “Independência é educação de qualidade e trabalho decente”, trabalhadores ocupam Brasília para cobrar garantia de direitos e combate à precarização
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São Paulo – Cerca de dez mil trabalhadores de todas as regiões do país enfrentaram o sol quente e o ar seco da capital federal para ocupar a Esplanada dos Ministérios neste 5 de setembro, Dia Nacional de Mobilização da CUT e data da 4ª Marcha Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública.

“Defendemos os 10% do PIB para a educação, o piso do magistério, carreira, e a aprovação do Plano Nacional de Educação, porque são medidas imprescindíveis para o desenvolvimento do país, que dialogam com o presente e o futuro da nossa nação, da mesma forma que o combate à precarização e à terceirização”, declarou Carmen Foro, vice-presidente da CUT, que coordenou a manifestação ao lado de Fátima Aparecida da Silva, da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação).

Fátima lembrou que a ampliação dos investimentos é essencial para termos uma educação à altura do país e de seu povo. “Por isso o lema da nossa manifestação é: ‘Independência é educação de qualidade e trabalho decente’, pois são ações imprescindíveis para o nosso desenvolvimento soberano”, frisou.

Dirigente nacional da CUT e da CNTE, Antonio Lisboa ressaltou que as mobilizações dos dois últimos meses, nos quais a CUT ajudou a coordenar um processo intenso de greves de servidores federais e estaduais, arrancaram bons resultados, desconstruindo a intransigência dos que se recusavam a negociar e diziam não ter recursos. “O caminho é esse, colocar a massa na rua para garantir direitos e ampliar conquistas. Com mobilização o dinheiro aparece.”

Pressão no Congresso – Durante a tarde desta quarta-feira, serão realizadas audiências com parlamentares. O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, disse que além da demanda educacional, as entidades entregarão aos deputados e senadores a pauta do conjunto da classe trabalhadora.

Dentre as reivindicações estão: fim do fator previdenciário, contra a idade mínima para as aposentadorias, contra desoneração da folha de pagamento; pela ratificação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) – contra demissão imotivada; regulamentação da Convenção 151 – pela negociação coletiva no serviço público; revogação do Decreto 7777 – que permite a substituição de servidores grevistas; defesa dos trabalhadores ameaçados pela terceirização; e pela Agenda do Trabalho Decente.

“Vamos pedir urgência em ações contra a precarização do trabalho, no combate às terceirizações e na luta pela igualdade de direitos. Precisamos urgente de trabalho decente”, concluiu Vagner.


Redação, com informações da CUT – 5/9/2012

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