São Paulo - Mais um ano em que a união, a garra e a organização dos bancários ao lado do Sindicato dobrou a falta de disposição dos bancos para negociar e garantiu aos trabalhadores aumento real maior para os salários, valorização no piso e nos vales alimentação e refeição, além de avanços em questões de saúde e segurança nos locais de trabalho.
Após nove dias de greve, assembleia dos funcionários de bancos privados, que contou com trabalhadores de todas as instituições financeiras, aprovou por unanimidade (foto à esquerda) a proposta feita pela Fenaban. A maioria também votou pela aprovação e fim da greve no Banco do Brasil (foto abaixo), em mais um ano que a luta garantiu a vitória.
A Caixa Federal rejeitou a proposta na quarta 26 e os empregados continuaram em greve. No dia seguinte, voltaram a se reunir e decidiram terminar o movimento.
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Aumento maior – O reajuste para os salários será de 7,5%, alcançando aumento real de 2%. É o nono ano seguido que a mobilização da categoria garante ganhos acima da inflação para todos.
Vales alimentação e refeição terão valorização maior de 8,5%, com aumento real de 2,95%.
O piso da categoria passou de R$ 1.400 para R$ 1.519, garantindo aumento real de 2,95%.
A mobilização via Campanha Nacional Unificada, desde 2004, vem garantindo aos trabalhadores aumento real (acima da inflação) acumulado de 16,22% para os salários e 35,57% no piso.
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PLR valorizada – A parte fixa da PLR e o teto do adicional serão ampliados em 10% nos bancos privados, o que significa aumento real de 4,37%. Assim, a regra básica da PLR corresponderá a 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.540. O adicional, que corresponde à distribuição linear de 2% do lucro líquido entre todos os bancários, terá teto de R$ 3.080. Esse valor é creditado sem desconto dos programas próprios de remuneração e acima dos tetos da regra básica da PLR.
A antecipação da PLR será paga em até dez dias após assinatura do acordo nos bancos privados e no BB.
Luta – A presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, fala da capacidade de mobilização e organização da categoria e parabeniza os bancários. “Para quem participou da luta, as conquistas da Campanha Nacional 2012 somam-se à certeza de que unir esforços é o que faz os trabalhadores avançar na manutenção e conquista de direitos.
Mais uma vez demos, juntos, uma lição aos bancos, que queriam reduzir os ganhos dos seus funcionários. Saímos mais uma vez vitoriosos: conseguimos aumento real maior para os salários do que no ano passado, mantivemos a valorização do piso e da PLR. Os auxílios alimentação e refeição também subiram mais. Também há avanços em questões importantes de saúde e segurança”, ressalta. “Mas a luta não acaba e o Sindicato já retoma a batalha cotidiana por melhores condições de trabalho.”
Dias parados – Os dias da greve não serão descontados dos bancários. A Fenaban propõe que os dias sejam compensados até 15 de dezembro, de segunda a sexta (exceto feriados), em no máximo duas horas por dia. O que ultrapassar esse período não será considerado.
Assistencial – A assembleia que elegeu os delegados para a conferência estadual, no dia 5 de julho, aprovou a contribuição assistencial de 2,5% do salário mais R$ 10 com teto de R$ 200.
Cláudia Motta - 26/9/2012
(Atualizada às 17h31 de 27/9/2012)
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Mobilização garantiu aumento real maior, valorização do piso, vales mais altos e avanços em questões específicas do BB. Greve continua na Caixa Federal
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