São Paulo – Seis em cada dez clientes (58,7%) têm a intenção de mudar de banco se o concorrente propuser taxas menores de juros. É o que mostra a pesquisa realizada pelo instituto Data Popular. O levantamento foi realizado com 5.182 pessoas de 750 cidades do país, entre maio e junho deste ano. Entre os entrevistados, 53% dizem que os bancos públicos oferecem taxas menores.
A pesquisa vai ao encontro de dados divulgados pelo Banco Central, que apontam forte crescimento na transferência de dívidas de um banco para outro. Somente no mês passado, foram registradas 50.337 operações da chamada portabilidade de crédito – quando o cliente transfere sua dívida para outro banco, geralmente após negociar condições mais favoráveis.
Desde maio, quando a concorrência entre as instituições financeiras se intensificou, com reduções quase semanais de juros, a média de transferências de dívidas mudou de patamar. De janeiro a abril, foi 27 mil enquanto nos quatro meses seguintes, 46,5 mil. Em dezembro de 2006, início da série histórica do BC, foram registradas somente 20 operações de portabilidade.
Pesquisa – Segundo o levantamento do Data Popular, 71,7% dos entrevistados reclamaram de mal atendimento quando vão a seus bancos. Entre os correntistas de bancos públicos e privados, 58% disseram não se sentir totalmente confiantes em relação a tarifas e juros cobrados.
“O consumidor sabe pouco sobre os produtos e serviços bancários e perde oportunidades de pagar menos. Há um grande descontentamento em relação às taxas de juros, tanto em relação ao cartão de crédito quanto aos empréstimos”, disse Maria Inês Dolci, da ProTeste (associação de consumidores), em entrevista à Folha de S. Paulo.
Dicas
1. Os bancos são obrigados a garantir o direito à liquidação antecipada de dívidas, por meio de uma Transferência Eletrônica Disponível (TED); O custo não pode ser repassado ao cliente
2. No site do Procon-SP, é possível calcular se as condições oferecidas são vantajosas ao consumidor.
3 Cuidado para evitar que a "portabilidade de crédito" seja camuflada em "refinanciamento de dívida" (contraídas junto a outro banco).
4. Não pode ha ver cobrança de tarifas nem impostos
5. O cliente deve perguntar o Custo Efetivo Total (CET) dos dois bancos (o antigo e o novo) e comparar os percentuais cobrados em cada um
Redação, com informações da Folha de S.Paulo – 10/9/2012