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Tarifas bancárias chegam a subir 191%

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Elevação vai no caminho inverso da redução dos juros pelos bancos, pressionados pelo governo federal
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São Paulo – Na contramão da queda da média de juros, os bancos vêm elevando as tarifas cobradas pelos serviços prestados à população. Reportagem do jornal O Estado de S.Paulo chegou a encontrar caso de aumento de 191% no serviço de compra e venda de moeda estrangeira em cartão pré-pago.

Outra cobrança com forte reajuste foi o fornecimento de extrato mensal, saltando quase 50%. Os dados foram coletados no Banco Central, que recebe informações das instituições financeiras. A comparação foi realizada entre dados de pessoas físicas disponíveis de 2 de janeiro a 19 de setembro deste ano.

Dentre os cinco maiores bancos do país, somente a Caixa não registrou aumento de tarifa. O Bradesco foi o que mais apresentou reajustes, em 10 tarifas, com destaque para pagamento de contas utilizando a função crédito em espécie: 89,8%. O Banco do Brasil elevou oito cobranças, sendo sete delas acima do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). O Santander e o Itaú elevaram duas tarifas.

Procurados pela reportagem do Estadão, os bancos pouco explicaram sobre o assunto, limitando-se, quando falaram, a justificar as elevações afirmando que há tempos não as faziam.

Juros – Além do alegado congelamento, os bancos também vêm reduzindo juros, pressionados intensamente pelo governo federal seja por declarações diretas do Ministério da Fazenda ou da própria presidenta Dilma Rousseff, seja por pressão de reduções feitas pelo governo por meio dos bancos públicos.

> Mantega volta cobrar redução dos juros bancários

Segundo pesquisa divulgada nesta quarta 26 pelo Banco Central (BC), as taxas continuaram a cair em agosto, com inadimplência estável.

O valor para pessoas físicas caiu 0,6 ponto percentual, para 35,6% ao ano. No caso das empresas, houve redução de 0,5 ponto percentual, para 23,1% ao ano. Com isso, a taxa média para empresas e pessoas físicas ficou em 30,1% ao ano, o menor nível da série histórica do BC, iniciada em 2000.

Apesar do patamar nunca antes registrado, o valor de 30,1% ainda é quatro vezes mais alto do que a taxa básica referencial do país, a Selic, que atualmente está em 7,5% ao ano.


Redação, com informações de O Estado de S.Paulo e da Agência Brasil - 26/9/2012

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