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CTO para no quinto dia de greve

Linha fina
Concentração do Itaú engrossa greve da categoria por proposta decente
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São Paulo – O CTO parou. São cerca de 5,2 mil bancários e mais 1,8 mil terceirizados na concentração do Itaú que engrossaram a greve e pressionaram os banqueiros pela apresentação de uma proposta decente para a renovação do acordo coletivo da categoria.

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Uma das funcionárias do local resume o atual momento. “São metas que ninguém consegue alcançar. As pessoas nem se conhecem mais por conta da rotatividade. O clima está pesado na Atec, são muitas demissões no banco e colegas doentes. Tenho um colega afastado há dois anos. Infelizmente, os empresários (banqueiros) não respeitam a necessidade que temos de aumento e melhorias. E aí todo ano é necessário fazer greve e isso cansa!”

O índice de 6,1%, sem aumento real, proposto pela Fenaban (federação dos bancos) também é motivo de reclamação: “com o tanto que o Itaú lucra, não dá para aceitar os 6%”. A bancária, há 26 anos na profissão, completa afirmando que vê terceirização hoje como nunca antes. “Isso enfraquece o trabalho.”

A secretária-geral do Sindicato, Raquel Kacelnikas, afirma: "vamos garantir que os bancos se incomodem bastante e venham para uma mesa de negociação apresentar uma boa proposta".

Terceirizados - Um funcionário da Quint Serviços de Tecnologia afirmou que recebe salário de cerca de R$ 2,3 mil, vale-refeição diário de R$ 14, não recebe vale-alimentação e trabalha aos sábados.

Antissindical – Em vez de resolver a campanha na negociação, apresentando proposta, os bancos preferem a pressão. Antes das seis da manhã, alguns trabalhadores de diversos departamentos do Itaú, inclusive do CTO e do Ceic, já recebiam torpedos com orientações para se dirigirem para ao prédio de contingência, localizado na Rua Fábia, bairro do Lapa. Mas os trabalhadores estão atentos e ao lado do Sindicato, já pararam a Rua Fábia.

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Gisele Coutinho – 23/9/2013

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