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Greve dos bancários mantém forte adesão da categoria: 32 mil trabalhadores no 8º dia

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Comando Nacional dos Bancários decide fortalecer a paralisação
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No oitavo dia de greve, aumentou o número de locais de trabalho parados pelos bancários. De acordo com balanço feito pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, nesta quinta-feira (26) houve a paralisação de 789 locais de trabalho (sendo 17 centros administrativos e 772 agências), na base do Sindicato. Estima-se que cerca de 32 mil trabalhadores participaram das paralisações. Durante todo o período de greve, o autoatendimento continua funcionando normalmente.

“Os bancos não fazem nova proposta há 21 dias. Após um mês de negociação, apresentaram reajuste para a categoria sem aumento real, no dia 5 de setembro. Ao invés de valorizar os principais responsáveis pelos seus lucros bilionários (R$59,7 bi em um ano), tentam impedir o direito de greve dos trabalhadores, com interditos proibitórios”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região. “Nesta quinta-feira, o Comando Nacional dos Bancários decidiu fortalecer a greve. Vamos também enviar carta à Fenaban reiterando a disposição do Comando em negociar.”

Para impedir o direito de greve, os bancos ultilizam interditos proibitórios na Justiça do Trabalho. Desde o início da paralisação, foram seis tentativas com o objetivo de diminuir a mobilização (BB/SP; Bradesco/SP; Bradesco/Barueri; Santander/SP; Bradesco/Osasco e Itau/SP). O Sindicato já está tomando as medidas judiciais cabíveis. O interdito proibitório é uma ação judicial prevista no Código de Processo Civil que visa repelir algum tipo de ameaça à posse. Mas é usada de forma inapropriada pelos bancos, que a utilizam com o único propósito de impedir que os trabalhadores exerçam seu direito constitucional de greve.

Calendário de negociações – A minuta com as reivindicações da categoria foi entregue para a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) no dia 30 de julho. Após essa data, durante um mês (quatro rodadas de negociação), foram discutidos com os bancos os temas saúde, condições de trabalho, segurança, emprego, igualdade de oportunidades e remuneração. No dia 05/09, a Fenaban apresentou proposta de reajuste de 6,1%. Na mesa de negociação a proposta foi recusada e uma assembleia com a categoria no dia 12 também reprovou o reajuste e definiu a greve a partir do dia 19. O Comando Nacional dos Bancários também encaminhou às instituições financeiras o calendário até a deflagração da greve (por lei, a greve deve ser aprovada em assembleia dos trabalhadores e, após isso, comunicada ao empregador com antecedência de 72 horas).

Dados da Categoria – Os bancários são uma das poucas categorias no país que possui Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. São mais de 500 mil bancários no Brasil, sendo 142 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.


Cecilia Negrão
Assessora de imprensa do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região
(11) 3188-5212 ou (11) 9485-4868
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