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Bancos propõem 7% no salário e 7,5% para piso

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Valores são considerados insuficientes para o Comando Nacional dos Bancários que cobra ainda resposta para o fim das metas abusivas, mais empregos, segurança e o fim da discriminação às mulheres. Proposta será levada a assembleia no dia 25 com indicativo de greve a partir de 30
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São Paulo – A federação dos bancos (Fenaban) propôs 7% de reajuste para os salários – o índice representa aumento real de 0,61% diante da inflação de 6,35% (INPC). Para o piso, 7,5%, com aumento real de 1,08%.

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O Comando Nacional dos Bancários já informou, em mesa, que considera a proposta insuficiente, mas que levará às assembleias para decisão da categoria.

> Vídeo: proposta apresentada é insuficiente
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“Além de acharmos que os bancos têm condição de atender nossas reivindicações econômicas, com aumento real maior, valorização do piso e vales, nossa campanha também é para combater os motivos que levam ao adoecimento dos bancários, as metas abusivas, a pressão e cobrança para o cumprimento das mesmas, além da sobrecarga por falta de funcionários. Isso tem de acabar, a categoria não aguenta mais e a proposta da Fenaban não apresenta nada para mudar esse quadro”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, uma das coordenadoras do Comando. “Queremos solução também para a discriminação que as mulheres sofrem nos bancos, ganhando em média 24% menos que os homens, apesar de terem mais escolaridade.”

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PLR – A proposta da Fenaban prevê que a regra da PLR será mantida, corrigindo os valores em 7%: 90% do salário mais R$ 1.812,58, além da parcela adicional de 2,2% do lucro líquido distribuído linearmente com teto de R$ 3.625,16. Os bancários querem três salários mais R$ 6.247. O lucro dos maiores (BB, Caixa, Bradesco, Itaú e Santander), que aumentou 16,5% somente no primeiro semestre deste ano, é mais uma prova de que os bancos podem melhorar o que apresentaram.

VA, VR e creche – Os 7% também seriam aplicados aos vales refeição (que passaria de R$ 23,18 ao dia para R$ 24,80), alimentação (de R$ 397,36 para R$ 425,20 ao mês) e auxílio-creche (de R$ 330,71 para 353,86). “Isso é muito pouco, queremos aumento maior. A alimentação fora de casa subiu mais de 10% no último ano e antes do fim do mês os bancários já têm de desembolsar dinheiro para pagar suas refeições. Não dá pra aceitar”, destaca Juvandia.

Tem de mudar essa história – O Comando reforçou junto aos bancos que quer respostas para questões consideradas fundamentais para a categoria. “Queremos o fim das demissões imotivadas e mais contratações, o fim das metas abusivas, que mudam todos os dias e geram assédio moral, a criação de mecanismos que promovam igualdade de oportunidades nos bancos e acabem com a discriminação contra as mulheres, além da adoção de medidas que ampliem a segurança para trabalhadores e clientes nas agências”, reforça Juvandia.

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Na rodada do dia 17 os bancos apontaram alguns avanços, no entanto para essas outras reivindicações ainda não houve proposta (clique aqui).

“Os bancários não aguentam mais pressão, adoecem de forma epidêmica, vivem dificuldades de ascensão profissional e temem a insegurança nos locais de trabalho. Se quiserem mesmo encerrar a Campanha 2014 sem conflito, como disseram, tudo isso precisa mudar. Se não apresentarem uma nova proposta que atenda nossas reivindicações, estarão empurrando os trabalhadores à greve por mais um ano seguido”, completa a presidenta do Sindicato.

Públicos – Os bancários estão cobrando que os bancos públicos marquem novas rodadas de negociação, antes do dia 25, para apresentar suas propostas específicas, de forma que possam ser analisadas pelas assembleias em todo o Brasil.

Calendário – O Comando indica a realização de assembleias até o dia 25, com indicativo de greve a partir de 30 de setembro.

As datas respeitam a lei, de forma que uma possível paralisação não seja considerada abusiva. Assim, após as assembleias do dia 25, são necessárias 72 horas entre o aviso à população e à Fenaban (que deve ser feito no dia 26, em jornal de grande circulação) e o início da paralisação prevista para o dia 30. No dia 29, outra assembleia deve ser realizada, seja para apreciar nova proposta que venha a surgir ou para organizar o movimento grevista. “Temos obrigação de respeitar todos os prazos da lei de greve para preservar os direitos dos bancários, para que não possam ser ameaçados com demissões como ocorreu com os metroviários, por exemplo”, explica Juvandia.

No dia 2 de outubro, os trabalhadores promovem atos em todo o Brasil contra a independência do Banco Central, que vem sendo aventada pelo programa político de candidatos à Presidência da República. “A independência do BC só interessa aos bancos, é ruim para os bancários e para toda a sociedade”, finaliza a dirigente sindical.


Cláudia Motta - 19/9/2014

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