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Dados mostram: bancos podem valorizar categoria

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Seja qual for o indicador, todos apontam ganhos para o setor: lucro, receita com prestação de serviço, carteira de crédito, tudo cresce graças ao trabalho do bancário que quer sua parte nesse imenso resultado
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São Paulo - A quarta rodada de negociação da Campanha 2014 será realizada nesta quarta 10 e quinta-feira 11. Em pauta, as reivindicações de remuneração. Os bancários querem reajuste salarial de 12,5% com 5,4% de aumento real para os salários, valorização do piso, PLR maior, vales alimentação e refeição mais altos, além de agregar o 14º salário às conquistas da categoria.

E os bancos podem pagar. Isso fica claro quando se utiliza comparativos que levam em conta o primeiro semestre de 2014 em relação ao mesmo período de 2013 para os cinco maiores do país (BB, Caixa, Bradesco, Itaú e Santander): seja qual for o indicador, o crescimento do setor é visível, e sempre graças ao trabalho dos bancários.

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Lucro – O lucro líquido para esses bancos cresceu 16,5%. A variação, por empregado, foi de 17,7%. Isso significa que a atuação de cada empregado nesses bancos incrementou em mais de 17% o lucro entre um ano e outro.

Tarifas – A receita com prestação de serviços e tarifas, exclusivamente originada no trabalho do bancário, cresceu 10,02% no semestre. E a variação por empregado, foi ainda maior, 11,1%.

Crédito – A expansão das carteiras de crédito entre 2013 e 2014 foi da ordem de 13,3%. Cada bancário teve responsabilidade em 14,4% desse crescimento.

Retorno – Enquanto ganham tanto com o trabalho duro dos seus empregados, os bancos demitem: cortaram juntos 18.990 postos de trabalho (exceto a Caixa) desde janeiro de 2012. Foram 5.512 só nos últimos 12 meses. Isso faz com que a pressão e a sobrecarga aumentem, já que houve redução de 2,2% no número de empregados por agência e aumento de 5% no número de contas correntes que cada funcionário tem de cuidar.

“É um quadro absurdo, no qual só os bancos querem ganhar”, critica a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira. “Vamos levar esses dados para a mesa de negociação e cobrar dos negociadores que representam essas grandes instituições o que é justo: uma distribuição melhor e mais justa desses ganhos também entre os bancários.”

A dirigente lembra que 93% das campanhas salariais do primeiro semestre conquistaram reajustes salariais acima da inflação (análise do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos/ Dieese para 340 categorias). “A maioria dos reajustes resultou em ganhos reais médios de até 1,54%. O setor que mais lucra na economia brasileira não tem razão para dizer não aos seus empregados”, completa Juvandia.


Redação - 10/9/2014

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