São Paulo – Um assalto no banco Mercantil deixou trabalhadores e clientes alarmados em Osasco na manhã da terça 2. Localizada na Rua Antônio Agú, uma das vias mais movimentadas da cidade, foi a terceira vez que a agência foi alvo de criminosos desde sua inauguração, em janeiro de 2013.
A gerente e um dos seguranças foram abordados ainda na calçada por dois assaltantes armados que os obrigaram a entrar no banco e ainda fizeram mais dois clientes, que se encontravam no autoatendimento, como reféns.
Ao apontar as armas para os quatro, os bandidos entraram na agência e realizaram a ação de forma rápida, de acordo com relatos. O assalto aconteceu antes da abertura e já havia outros funcionários dentro da unidade. Segundo informações apuradas pelo Sindicato, ninguém se feriu fisicamente.
Os assaltantes mencionaram nomes dos filhos da gerente, com ameaças de que, se ela não fizesse o que mandavam, iriam dar ordens para que fossem pegos também. A bancária ficou bastante abalada.
Falta de segurança - “Em menos de dois anos, essa agência foi assaltada três vezes. A primeira foi em abril de 2013, depois em setembro do mesmo ano e agora. Houve mais duas tentativas, totalizando cinco casos dessa natureza. É preciso que o banco adote medidas que preservem trabalhadores e clientes. Por exemplo, os saques no autoatendimento não têm segurança alguma, é separado da calçada só por um vidro transparente”, diz o diretor do Sindicato Rubens Blanes.
Representantes dos bancários se dirigiram ao local para garantir o fechamento da agência, no sentido de preservar os funcionários, durante todo o dia. A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) não foi emitida pelo banco, mas o setor de Relações Sindicais da instituição financeira será cobrado. A CAT é uma garantia de relação entre o incidente e eventuais reflexos futuros na saúde mental dos trabalhadores, para fins previdenciários.
A insegurança no trabalho é um dos grandes problemas enfrentados cotidianamente pelos bancários. Medo e estresse constante se refletem em adoecimentos psicológicos, que hoje são as maiores causas de afastamento pelo INSS da categoria. No primeiro semestre de 2014, foram 1.693 ocorrências violentas contra bancos no país, crescimento de 9,1% em relação ao mesmo período do ano passado. São Paulo lidera o ranking com mais de 400 ataques.
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