Imagem Destaque
São Paulo – De acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, o setor bancário segue cortando postos de trabalho. Em agosto, último mês analisado, o saldo de contratações e desligamentos ficou negativo em 139 postos de trabalho. No acumulado dos primeiros oito meses do ano, o déficit já chega a 6.003 vagas.
No ano, são 3.793 postos de trabalho a menos nos bancos múltiplos com carteira comercial, onde estão incluídos Banco do Brasil, Santander, Bradesco, Itaú e HSBC; e menos 2.261 vagas na Caixa, que está enquadrada na categoria “caixas econômicas”. Em média, entre o início de janeiro e o final de agosto, o setor financeiro como um todo eliminou aproximadamente 25 postos de trabalho por dia.
Contribuíram de forma significativa para esse resultado os programas de incentivo à aposentadoria dos bancos públicos: PAI (Plano de Aposentadoria Incentivada), do Banco do Brasil, e o PAA (Plano de Apoio à Aposentadoria), da Caixa. A maioria dos desligados em agosto (1.110) possui entre 50 e 64 anos, faixa etária da maior parte dos bancários próximos da aposentadoria.
Média salarial – Outro dado que chama atenção no Caged é a diferença salarial entre admitidos e desligados. Os trabalhadores que ingressaram no setor bancário em agosto recebem em média 53% do que ganhavam os que foram desligados no mesmo mês. No acumulado dos primeiros oito meses de 2015, os admitidos receberam 55% do salário dos que deixaram o setor.
Emprego é prioridade – Os bancários de todo o Brasil, em plena Campanha Nacional Unificada 2015, definiram como prioridade a manutenção dos empregos no setor financeiro, que continua obtendo lucros recordes apesar da crise. No primeiro semestre deste ano, os cinco maiores bancos do país (Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa) acumularam lucros de R$ 36,3 bilhões, contra R$ 28,5 bilhões em 2014, um crescimento de 27,3%.
“Para os bancos, não há crise. É diferente de outros setores que sofrem com juros e dólar altos, com inadimplência. Seja qual for o indicador utilizado, as instituições financeiras estão ganhando muito no Brasil e isso não é de hoje, vem de décadas. Ou seja, passou da hora dos bancos devolverem à sociedade o tanto que ganham com ela. Seja criando mais empregos bancários, seja com aumento real e maior participação nos lucros”, cobra a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.
Leia mais
> Brasil perde 86,5 mil empregos formais em agosto
Felipe Rousselet – 28/9/2015
(Atualizado às 18h01)
No ano, são 3.793 postos de trabalho a menos nos bancos múltiplos com carteira comercial, onde estão incluídos Banco do Brasil, Santander, Bradesco, Itaú e HSBC; e menos 2.261 vagas na Caixa, que está enquadrada na categoria “caixas econômicas”. Em média, entre o início de janeiro e o final de agosto, o setor financeiro como um todo eliminou aproximadamente 25 postos de trabalho por dia.
Contribuíram de forma significativa para esse resultado os programas de incentivo à aposentadoria dos bancos públicos: PAI (Plano de Aposentadoria Incentivada), do Banco do Brasil, e o PAA (Plano de Apoio à Aposentadoria), da Caixa. A maioria dos desligados em agosto (1.110) possui entre 50 e 64 anos, faixa etária da maior parte dos bancários próximos da aposentadoria.
Média salarial – Outro dado que chama atenção no Caged é a diferença salarial entre admitidos e desligados. Os trabalhadores que ingressaram no setor bancário em agosto recebem em média 53% do que ganhavam os que foram desligados no mesmo mês. No acumulado dos primeiros oito meses de 2015, os admitidos receberam 55% do salário dos que deixaram o setor.
Emprego é prioridade – Os bancários de todo o Brasil, em plena Campanha Nacional Unificada 2015, definiram como prioridade a manutenção dos empregos no setor financeiro, que continua obtendo lucros recordes apesar da crise. No primeiro semestre deste ano, os cinco maiores bancos do país (Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa) acumularam lucros de R$ 36,3 bilhões, contra R$ 28,5 bilhões em 2014, um crescimento de 27,3%.
“Para os bancos, não há crise. É diferente de outros setores que sofrem com juros e dólar altos, com inadimplência. Seja qual for o indicador utilizado, as instituições financeiras estão ganhando muito no Brasil e isso não é de hoje, vem de décadas. Ou seja, passou da hora dos bancos devolverem à sociedade o tanto que ganham com ela. Seja criando mais empregos bancários, seja com aumento real e maior participação nos lucros”, cobra a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.
Leia mais
> Brasil perde 86,5 mil empregos formais em agosto
Felipe Rousselet – 28/9/2015
(Atualizado às 18h01)